O estatuto da Criança e do Adolescente, redigido na década de 90, objetiva proteger os menores a partir da regulamentação dos direitos infantis. Todavia, as formas de violência - física e psicológica - persistem no contexto social atual. Nessa perspectiva, é válido analisar as alternativas promotoras do impasse, tanto em âmbito estrutural, quanto escolar. Segundo o sociólogo Pierre Bourdieu, as estruturas sociais são incorporadas inconscientemente pelo indivíduo. Assim, o ciclo vicioso da educação, por meio do medo, da opressão e da agressão são perpetuadas através das gerações, de pai para filho. Além disso, interromper esse ciclo é tarefa difícil, pois, 80% dos acontecimentos são em ambiente familiar, segundo dados da Fundação das Nações Unidas para a infância. Ademais, constata-se que a criança vítima de violência é prejudicada de forma a influir em seu desenvolvimento psicológico, o que pode acarretar, dificuldades no aprendizado e socialização. O " Bullying " praticado comumente nas escolas, por exemplo, inviabiliza sua participação em atividades nesse meio, resultado do medo desenvolvido pelas ofensas. Por conseguinte, podendo ocasionar transtornos, como a depressão. Portanto, o Estado por meio do Poder Executivo deve garantir os serviços de proteção, por intermédio de contratação de agentes fiscalizadores e com parcerias com ONGs devem difundir os direitos das crianças, maneiras de como educar infantes e os malefícios do " Bullying ", seja por palestras e cartazes nas escolas e comunidades.