Agressões físicas, verbais e torturas representam algumas das diversas ações relacionadas à violência infantil. Tais ações desencadeiam nas crianças prejuízos psicológicos que afetam à vida, além de contribuir para a grande mazela do país: a violência. Não é de hoje que a violência demonstra suas atrocidades dentro da sociedade. Desde homicídios e latrocínios, que percorrem as ruas, a violência invade também os lares brasileiros e atinge as crianças, que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) são vulneráveis, sobretudo, a esse tipo de atitude, uma vez que não possuem condições de se defender. Diante disso, muitos menores criam trauma das ofensas e das agressões repugnantes contra eles, o que desenvolve neles mau comportamento ou até distúrbios psicológicos, como baixa estima, isolamento e motivos para se deprimir- principalmente se essa violência parte da própria família. Algo que remete às vidas de Pirulito e Sem-pernas -personagens de Capitães da Areia-, que demonstram um comportamento violento, visto que, é o meio os agridem. Outro fator notório, é que essa situação de hostilidade aumenta os grandes índices de violência do país e deixa inúmeros agressores impunes, que a cada vez que tiver oportunidade repetirá a cena drástica de violência contra a criança, arruinando a sua infância.Assim, por analogia ao apartheid, o agressor seria o branco, ou seja, o "superior" e o vulnerável, o negro, "submisso" as ações dos brancos. Nessa perspectiva, para melhorar o cenário de violência infantil, é imprescindível o esforço coletivo. A delegacia de proteção ao menor, aliada às denúncias das vítimas, necessita evitar a impunidade, colocando em prática punições rígidas àquele que ataca sem pudor alguém. A sociedade, por meio da mídia, disseminar com campanhas conscientizadoras, a ideia de que a violência deixa marcas na vida de alguém, com o intuito de alertas as pessoas e não deixar os afetados se calarem diante da agressão. Ademais, as Instituições de ensino, devem discutir a questão da violência desde as séries iniciais, através de projetos educativos, mas também auxiliar e dialogar, a fim de expor os direitos e afastar esse mal da criançada. E, ainda, o próprio indivíduo, buscar agir com atitudes éticas ao seu redor, respeitando sempre o próximo e não ofendendo ao outro, pois, como dizia Immanuel Kant: "O ser humano é aquilo que a educação faz dele".