Título da redação:

Agressão Infantil: começa (e termina) em casa

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 26/07/2017

Ao tomar lugar dentro do próprio cenário familiar, a violência infantil tem sua denúncia dificultada e há um cenário de dependência do agressor. Apesar de chocar e gerar sequelas, ela ainda ocorre por aquelas e outras razões. Na lógica do “bater para educar”, aplicada largamente nos lares e instituições de ensino do século XX, devido ao desconhecimento - que ainda há - de outras formas de educação; a agressão é vista como um método moral de conscientizar crianças e adolescentes sobre o que seria certo ou errado. Além dela, a tendência histórica ao silenciamento dos mais frágeis, explicada pela seleção natural de Darwin, colabora para a manutenção do cenário de violência, a qual nem sempre visa à formação ética. O uso da agressão, seja verbal, física ou sexual, gera danos psicológicos duradouros e dificuldades de formar e manter vínculos, além de alimentar o ciclo da violência, no qual a vítima torna-se o agressor, como é visto em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, quando o antigo escravo do protagonista trata seu empregado com a mesma crueldade com que foi tratado. A partir desse cenário, é perceptível a necessidade de uma intervenção. Para isso, o Ministério das Comunicações deveria promover propagandas, veiculadas pelas mídias, de incentivo às denúncias por parte de parentes e vizinhos, os mais aptos a fazê-las. Após a denúncia, os órgãos de justiça e saúde seriam responsáveis por proporcionar um tratamento cauteloso e altamente assistido por psicólogos e profissionais capacitados para lidar com questões do tipo. Ademais, a fim de evitar novos episódios, as escolas públicas e privadas poderiam juntar-se para conscientizar os pais através da promoção de palestras sobre métodos educativos seguros e eficientes.