Segundo o filósofo Jean Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira que ela se manifesta, é sempre uma derrota. Porém, embora intitulado, sob a perspectiva aristotélica, política e naturalmente sociável, o ser humano e suas inúmeras antiéticas práticas corroboram o contrário. O índice de violência infantil no Brasil ainda é alto, o qual é resultado da consonância de um governo inobservante à Constituição Federal e uma nação alienada ao extremo. A Lei Menino Bernardo encontra seu maior desafio nos altos índices de transgressões. A cada hora, 5 casos de violência são registrados, isso ocorre devido à mentalidade individualista já citada por John Locke, em que a lei serve para os outros e não para si. A maioria dos agressores são as mães, visto que, o patriarcalismo ainda coloca nelas uma grande carga de responsabilidade acerca dos filhos, mesmo com muitas jornadas de trabalho. Sob essa conjectura, alienados pelo capitalismo selvagem e pelos subvertidos valores líquidos da atualidade, os governantes negligenciam a necessidade fecunda de mudança dessa distópica realidade envolta da violência à crianças e adolescentes no país. Convém, portanto, que primordialmente, a sociedade civil organizada exija do Estado a observância da violência infantil no país. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação a criação de um programa escolar nacional que vise contemplar a cidadania e os direitos infantis e o respeito a eles, o que deve ocorrer mediante o fornecimento de palestras e peças teatrais que abordem a temática. Paralelamente, ONGs devem corroborar esse processo a partir da atuação em comunidades com o fito de distribuir cartilhas que informem acerca das alternativas de denúncias dessas desumanas práticas, além de sensibilizar a pátria para a luta em prol do fim da violência contra crianças e adolescentes no Brasil.