Título da redação:

A ruptura do ciclo infantil

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 30/04/2017

3600 segundos. 60 minutos. A cada 1 hora cinco casos de violência contra crianças são registrados no Brasil. Esse número seria ainda maior se todos os abusos fossem notificados e não meramente presentes no âmbito privado. Os casos preocupam e demandam, primordialmente, atenção judiciária e legislativa. Apenas no ano de 2017 foi sancionada a lei que protege as vítimas dessa violência, estabelecendo garantias e diretos aos menores, que não podem e não conseguem se defender. O projeto ainda está evoluindo quanto às medidas que serão estabelecidas e à forma como serão implementadas. Com a falta de devidas punições aos agressores, estes são motivados a continuar cometendo tais crimes. É de suma importância destacar que a violência, seja ela psicológica ou/e física, traumatiza o menor, trazendo consequências para a vida em sociedade, ou até pior, levando o indivíduo a cometer suicídio. A vítima, muitas vezes, como forma de proteção, torna-se agressiva, retraída e introvertida, impossibilitando, na grande maioria, a correta abordagem. Sem medo de serem repreendidos, os ofensores, expressando sua raiva na forma de violência podem cometer assassinatos. Ao analisar os homicídios de crianças e jovens pode-se perceber que mais de 50% teve precedentes relacionados a agressões físicas, em sua multiplicidade abusos sexuais. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em sua total maioridade, veio para auxiliar na resolução dos problemas em relação aos menores, no entanto, não está sendo suficiente. São necessárias profundas modificações para que, assim, haja diminuição nos alarmantes números de impetuosidades. O temor pelos julgamentos feitos pela sociedade dificulta o registro dos casos pelas vítimas, que sofrem em silêncio, não recebendo atendimento ao não serem ouvidas. A maior parte das violações é cometida no ambiente familiar, pelos pais, que deveriam preparar os filhos, em constantes transformações psicológicas, para desenvolverem-se plenamente. Quando as violações são realizadas externamente, os pais têm dificuldades em identificar tais atos, algumas vezes até mesmo ignorando e não dando importância aos principais sinais, ao pensarem ser apenas uma fase, ou então, em casos de violência física, uma simples briga de escola. Como visto anteriormente, para que se possa solucionar esse problema, que vêm sendo mascarado por muitos, é imprescindível que a lei, sancionada recentemente, seja colocada em prática com punições severas para os agressores e direitos amplos para as vítimas. O Sistema Legislativo deve se certificar que o conjunto de normas do Estatuto da Criança e do Adolescente seja corretamente aplicado, sendo importante também analisar todas essas normas e, se preciso for, modificá-las. Além disso, o Sistema Judiciário deve aplicar as leis de maneira justa e célere, analisando todos os casos meticulosamente. O SUS (Sistema Único de Saúde) deve, também, denunciar qualquer ocorrência que levante suspeita quanto à violência. Somente assim, será possível o atendimento adequado à vítima, ajudando-a a superar o trauma de ser violentada e prevenir futuras agressões.