Título da redação:

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 24/02/2019

Para Augusto dos Anjos, principal poeta do Modernismo brasileiro, " a mão que afaga é a mesma que apedreja". Em consonância a isso, a violência infantil é algo que cresce de forma vertiginosa, fator esse que não só deixa sequelas físicas como também psicológicas que pode se perdurar durante toda a vida. Por esse motivo, alternativas de combate à violência infantil no Brasil precisam ser impostas para atenuar essa situação. Deve-se pontuar, de início, o quão prejudicial é a falta de uma infância saudável. Para um dos maiores biólogos e psicólogos que se dedicou ao estudo dos infantis, " o período infantil tem relevante papel na vida adulta, visto que, é o momento de maiores explorações e aprendizagens. Baseado nisso, a violência contra à criança que muitas vezes é motivada dentro de casa, precisa ser barrada para que as consequências psicológicas não se propague para a vida adulta, mas, a partir disso, um paralelo é estabelecido: a quem a vítima deve recorrer ? Com isso, se tivesse canais de autoatendimento à vítimas de violência infantil já seria um grande passo, à medida que prestaria serviços de ajuda auxiliando com informações e direcionamentos para o que se deve fazer, igual no serviço de tele ajuda para o combate de suicídios, que tem mostrado resultados positivos e vem resguardando várias vidas. Por conseguinte, o sociólogo e mentor da corrente do Positivismo, Émile Durkheim, já afirmava: "a educação próspera para o bem de toda a nação." Desse modo, como muitos dos casos de abuso sexual de crianças acontece por alguém da família ou muito próximo, o ato em si gera inúmeros problemas, um deles é a perda de confiança e também o difícil episódio de ser compreendido a invasão/abuso do corpo. Por meio disso, a escola como ferramenta de construção de conhecimento tem que inserir educação sexual para que em situações como essa a criança tenha entendimento. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que para a frase de Augusto dos Anjos não se propague nessa e nem nas futuras gerações, o Estatuto da Criança deve implementar serviços paliativos, como canais de ouvidoria à crianças vitimadas de violência, com o objetivo de de prestar serviços de esclarecimentos passando informações como o que se deve fazer e a quem recorrer, como também oferecendo apoio de profissionais, como psicólogo. O Ministério da Educação em parcerias com escolas públicas e privadas deve disponibilizar materiais didáticos para serem debatidos em rodas de conversa aos finais de semana com pais, alunos e professores a fim de evitar a perpetuação da violência e garantir uma infância saudável. Dessarte, a mão que afaga será a mesma que protege.