A cada hora, cinco crianças são vítimas de algum tipo de agressão, segundo a UNICEF, no Brasil. Essa violência, apesar de ocorrer de várias formas, prejudica principalmente o psicológico da criança. A forma e a frequência que esse crime acontece, além dos vários danos nos inocentes, tornam o caso delicado e ação conjunta dos setores e órgãos sociais indispensável. Segundo Nelson Mandela, não existe revelação mais nítida da alma de uma sociedade do que a forma como esta trata as suas crianças. Esse tratamento infelizmente vem sendo cada vez mais um espelho das almas ruins dos adultos, em que agridem seus filhos, familiares ou conhecidos, verbalmente ou fisicamente, a fim de conseguir “educar” ou, em casos piores, satisfazer desejos e descontar seus estresses e angústias do dia a dia. Michael Jackson foi um exemplo disso. Seu pai, Joe J, agredia-o verbalmente e fisicamente depois que Michael começou sua carreira, ainda na infância, lhe pressionando com inúmeros ensaios e fazendo bullying com sua aparência, gerando assim a síndrome de Peter Pan (adulto com comportamento infantil) no cantor. Além disso, 70% das ocorrências de abusos sexuais são ocorridas em crianças e adolescentes, de acordo com o Ipea. Esse outro tipo de abuso é ainda mais inadmissível, tornando aquele espelho algo muito pior. A apresentadora brasileira Monique Evans, por exemplo, foi violada aos 14 anos, desenvolvendo a síndrome de Borderline, em que lhe impossibilita de ter relações amorosas, abalando sua autoestima e o seu humor. Tudo isso mostra o quanto todas essas ações erradas podem prejudicar o desenvolvimento do indivíduo, além de causar danos psicológicos muitas vezes irreparáveis. Portanto, é de total relevância que haja uma atitude efetiva da sociedade como um todo. O Ministério da Educação, por meio das escolas e veículos de comunicação, deverá divulgar campanhas atingindo principalmente o público infantil, como foi feito pela Only For Children, mostrando quando, como e pra onde as crianças devem ligar caso estejam sofrendo por isso. Além do mais, terá que alertar aos familiares e amigos, através dos mesmos meios, sobre os sinais característicos de abuso, principalmente a mudança de comportamento. Também sobre oferecer segurança para que a criança se sinta confortável em falar tudo, e o mais importante, para que evitem a violência dentro de casa.