O Sistema Único de Saúde (SUS), instituído em 1988, no Brasil, caracteriza-se como um recurso que tem por objetivo garantir o direito à saúde aos brasileiros. Apesar de esse bem apresentar-se como um serviço de qualidade, a saúde pública brasileira, na prática, enfrenta uma crise gerada por diversos problemas. Em decorrência disso, é pertinente analisar e destacar os aspectos que agravam essa problemática. Em primeiro plano, é importante apontar que a baixa infraestrutura e a má administração de hospitais são grandes fatores que precarizam a saúde pública no Brasil. De acordo com o Tribunal de Contas da União, 64% dos hospitais públicos estão sempre lotados. Com base nisso, é possível afirmar que essa alta taxa se dá pela falta de equipamentos, como macas, aparelhos de exames, e de salas para internação. Por conseguinte, muitos médicos não se disponibilizam para tais hospitais, principalmente em regiões mais afastadas, justamente por essa falta de estrutura, fato esse que diminui a quantidade de atendimentos realizados por dia. Além disso, a crise econômica pode influenciar no baixo financiamento de recursos aos postos de saúde e farmácias populares. Segundo informações do site do G1, o estado de Mato Grosso reduziu o fornecimento gratuito de medicamentos para o tratamento de doenças graves, como a fibrose cística, que afeta as glândulas responsáveis pela produção de secreções no organismo. Logo, a baixa quantidade desses itens no estoque público afeta aquela população mais pobre que não pode arcar com os custos desses remédios. Ficam evidentes, portanto, os principais motivos que colaboram com a precarização da saúde pública brasileira. Com isso, é essencial que o Poder Legislativo estabeleça, por meio de leis, o fornecimento de verbas que variam de acordo com a necessidade de cada região, para que os hospitais adquiram a quantidade necessária de equipamento e aumente a quantidade de médicos, reduzindo, pois, a superlotação. Ademais, cada farmácia popular deve realizar pesquisas em seu bairro que visem identificar os medicamentos mais requisitados em seu local, no intuito de aproveitar mais as verbas destinadas à elas na aquisição de remédios mais importantes.