De acordo com Montaigner, a saúde é um bem precioso que requer atenção e comprometimento, uma vez que sem ela a vida torna-se penosa e injusta. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, o caos na saúde pública é o reflexo da gestão desordenada. Nesse contexto, dois fatores retratam a problemática na administração, são eles a dificuldade no acesso e o tempo de espera. No Brasil, o Sistema único de Saúde (SUS) é a busca de 71% dos brasileiros, segundo o Ministério responsável. Essa alta demanda rompe o equilíbrio básico da Lei da Oferta e da Procura, haja vista que, embora a taxa de médicos, no país, encontra-se em crescimento, como mostra o estudo da Faculdade de Medicina da USP, há desigualdades na distribuição regional desses profissionais, visto que, concentram-se em maior parte nas capitais. Desse modo, evidencia-se a importância de incentivos para o ordenação igualitária desses especialista. Outrossim, destaca-se a demora nos atendimentos como impulsionador do gargalo na saúde pública. Conforme citou Franz Kafla, perder tempo é estragar a vida. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se a situação do Rio Grande do Sul, que acumula 250 mil pedidos de consultas, exames e cirurgias. Esses dados reforçam o lamentável número de pacientes que morrem na fila de espera. Entende-se, portanto, que a calamidade no SUS é fruto do acesso desigual e do atraso na assistência. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve elaborar um plano de estímulo a médicos que se propõem a trabalhar no interior, por meio da diminuição da carga horária, acréscimo de 10% , em concursos, na pontuação de profissionais que optem por essas regiões e progressões mais rápidas. Ademais, é benéfica a união do setor público com o privado, para a realização de consórcio de hospitais, como ocorre na Espanha, e assim integrar e compartilhar os tratamentos especializados, dessa forma reduziria o tempo de espera.