Título da redação:

Quadro epidemiológico brasileiro.

Tema de redação: Acesso ao sistema público de saúde: os problemas enfrentados pelos brasileiros

Redação enviada em 27/10/2017

É inegável o fato de que o Brasil alcançou patamares significativos nos seus indicadores sociais como saneamento básico e a saúde. Esta, efetivamente, é corroborada como um direito inerente ao homem no preâmbulo da Constituição cidadã de 1988. Todavia, embora o acesso ao sistema público de saúde seja universal, o Estado não oferece esse direito para as suas mazelas e, dessa forma, os problemas enfrentados pelos brasileiros se tornam nítidos: ausência de medicamentos, falta de médicos, hospitais sucateados, bem como a excessiva burocratização nos atendimentos. Nesse sentido, cabe analisar o quadro epidemiológico do âmbito social brasileiro. É importante pontuar, de início, que a cidadania do brasileiro, sobretudo o de baixo poder aquisitivo, é colocada em xeque pelo cenário truculento em que se encontra o sistema de saúde oferecido pelo Estado. De fato, a falta de profissionais da saúde, a ausência de medicamentos, além da fragilidade estrutural dos postos médicos são fatores que convergem para a inépcia do governo em oferecer aos seus citadinos uma saúde de qualidade. Nesse contexto, os indivíduos de fraco poder econômico são os mais afetados por esse ínterim atroz, uma vez que esses dependem, exclusivamente, do sistema público de saúde. Ademais, muito desses sujeitos vivem em áreas rurais, as quais a disponibilidade de hospitais é irrisória, resultando no abandono em que esses cidadãos se encontram. É fundamental designar, ainda, que, embora o Brasil figure entre as dez maiores economias mundiais, ele evidencia, simultaneamente, um paradoxo em relação a não assegurar o direito à saúde para toda a população. Com efeito, a excessiva burocratização dos atendimentos nos postos médicos resulta na desistência de inúmeros pacientes em serem "atendidos". Nessa conjuntura, a demora em agendar um cirurgia, a justificável descrença em ser atendido instantaneamente, bem como no inchaço dos hospitais são características que revelam a problemática a qual o país convive e que, paralelamente, aflige, nomeadamente, os indivíduos de menor poder aquisitivo. Por conseguinte, é necessário que o Governo Federal efetive os dispositivos jurídicos os quais garantam uma saúde digna para a sociedade. Para isso, é pertinente que o Ministério da Saúde atue na edificação de hospitais e reformas desses já existentes, sobretudo em áreas rurais, disponibilizando um número maior de medicamentos e atraindo profissionais da saúde para tais localidades, visando, dessa forma, à assistência social perante a seus citadinos. Outrossim, é imprescindível que o agente social já supracitado concretize políticas públicas que eliminem, paulatinamente, o excesso de burocratização nos atendimentos, objetivando, desse modo, que o indivíduo encontre subsídio imediato relacionado a seu quadro clínico e, além disso, que esse sujeito exerça, de forma plena, seu direito à saúde. Assim, o estado epidemiológico brasileiro sofrerá melhora e, com isso, o país poderá confirmar suas diretrizes legais as quais colocam a saúde como um direito inalienável de todo cidadão.