Título da redação:

Promessa é dívida

Tema de redação: Acesso ao sistema público de saúde: os problemas enfrentados pelos brasileiros

Redação enviada em 12/06/2017

Não é preciso ser especialista para perceber, numa rápida visita a hospitais ou postos de saúde pública, os diversos problemas enfrentados pela população, a começar na parte externa do prédio. Paredes rachadas, estrutura antiga, superlotação, falta de equipamentos e de funcionários, doentes amontoados nos corredores e tantos outros absurdos que o povo brasileiro está, literalmente, cansado de saber, e que evidenciam que o direito à dignidade do cidadão está apenas nas páginas da Constituição Federal (C.F.). No documentário, "História da saúde pública no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde", trilha-se todo o caminho até chegar a "vitória máxima", o Sistema Único de Saúde, em que todos por direito tem acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde, segundo a C.F. de 1988. Entretanto, as classes mais baixas da população, logo, as que mais necessitam, percebem que, na maioria das vezes, na prática não existe nem o universal, nem o igualitário. Ademais, aqueles que deviam zelar pelo povo acabam por assinar a sentença de morte do SUS ao desviar verbas da saúde, superfaturar em equipamentos e remédios e até mesmo conceder os primeiros lugares na fila de espera em troca de votos, como exibido numa reportagem do Fantástico. Dessa forma, o atendimento que já não é bom, torna-se pior, causando danos irreparáveis a quem está à mercê do sistema. Sendo assim, medidas precisam ser tomadas para melhorar o acesso ao sistema público de saúde no Brasil. Para tanto, é preciso que o Ministério da Saúde crie um setor específico para fiscalização e inspeção do repasse e investimento de verbas, e também desenvolva um sistema virtual em que todo cidadão poderá acompanhar o andamento de seus exames, agendamentos, posição em fila de espera entre tantos outros, a fim de aumentar a transparência. Além disso, o Governo Federal deve aumentar a porcentagem do PIB destinada à saúde pública para maior investimento, e dessa forma, finalmente, cumprir o que foi prometido em 1988.