Em um país populoso e com acentuada desigualdade social como o Brasil, um sistema público de saúde que ofereça qualidade de atendimento é de crucial importância. No entanto, apesar da existência de uma constituição que garante, na teoria, o acesso aos serviços públicos de saúde, o que se observa, na prática, é diferente. A falta de investimentos do Estado aliada à corrupção e à ineficiente gestão de recursos gera sérios problemas no funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O sistema público de saúde no Brasil vive um verdadeiro caos no atendimento aos pacientes, visto que em muitos hospitais faltam leitos, equipamentos e profissionais para o tratamento da população. O problema é uma clara consequência do investimento insuficiente aliado à corrupção, que no Brasil se torna preocupante. Segundo o Conselho Federal de Medicina, a saúde representa apenas 8% dos investimentos do país, que possui 207, 6 milhões de habitantes. Se o investimento já é baixo, aliado à corrupção torna-se ainda menor e gera problemas graves como as longas filas de espera para atendimento e escassez de recursos para realização de exames e cirurgias. Além da falta de investimentos do Estado e a corrupção, existe ainda uma gestão ineficiente dos poucos recursos destinados a saúde pública. O sistema brasileiro de saúde ainda investe pouco na prevenção de doenças crônicas. Dados do IBGE mostram que a porcentagem de idosos no Brasil aumentará em 16% até 2050, o que representa mais gastos com procedimentos de saúde. Diante disso, o sistema público não apresenta medidas suficientes de prevenção a doenças como diabetes e obesidade na população mais jovem para evitar mais tarde o surgimento de doenças cardiovasculares e reumáticas. Dessa forma, é crucial que o Governo Federal amplie os investimentos em saúde e programas eficazes de fiscalização das verbas da saúde, evitando o desvio por corrupção. O Ministério da Saúde deve ainda atuar na aplicação de projetos para combate das doenças crônicas, ampliando a atuação de profissionais como fisioterapeutas e nutricionistas nas escolas e postos de saúde a fim de promover uma melhor alimentação e atividades físicas para sociedade. A população, por sua vez, deve exercer a cidadania por meio de manifestações pacíficas que lutem por um sistema público de saúde com qualidade na prevenção e no tratamento de doenças. A saúde física, mental e social é direito de todo cidadão brasileiro e requisito para uma vida de qualidade.