Com o aumento da demanda da população brasileira, o sistema de saúde nacional não se adequou ao número crescente de usuários. Ademais, a morosidade no atendimento é uma característica dos hospitais, fato que desmoraliza o usuário como prevê o Código de Ética do Serviço Público Federal. O SUS é a maior rede de saúde pública e gratuita do mundo, sendo o único a abranger mais de 100 milhões de habitantes, porém a cobertura do atendimento tornou-se um desafio. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha de São Paulo, o tempo médio de espera para consulta de 47% dos entrevistados era de até 6 meses, com apenas 24% conseguindo obter consulta em menos de um mês. Além disso, a saúde pública carece de profissionais qualificados, ao passo que os servidores se acomodam e passam anos sem fazer cursos de atualização, prejudicando o atendimento. Por outro lado, o governo não tem controle no valor repassado para o sistema de saúde, sendo que não há uma lei regulamentando o mínimo a investir, ocasionando na redução progressiva, a cada ano, dos recursos destinados à saúde. O sistema de saúde, portanto, não condiz com o preconizado na Constituição Federal. O governo federal deve elaborar um projeto de lei impondo um limite mínimo de recursos que serão repassados à saúde, vinculando todas as esferas de governo e, ao mesmo tempo, regular a obrigação, por parte dos profissionais, de frequentar cursos complementares relacionados ao cargo, a fim de maximizar o atendimento.