Desde o início do século XX, o avanço das tecnologias de saúde foi responsável por proporcionar melhor qualidade de vida e maior longevidade aos indivíduos. Todavia, o Brasil ainda não conseguiu adequar seu sistema de saúde às necessidades da maioria dos seus cidadãos, uma vez que o acesso às tecnologias da saúde não ocorre de forma igualitária. Sendo assim, é um importante dever do Poder Público identificar os problemas relacionados ao tema e tomar medidas cabíveis à sua solução. A criação do Ministério da Saúde no Governo Vargas representou um significativo progresso na democratização da saúde. Desde então, muitos eventos positivos marcaram as políticas públicas de saúde, a exemplo do controle e erradicação da Poliomielite. Contudo, é necessário salientar que grande parte da população do país, principalmente as comunidades mais afastadas dos grandes centros não gozam dos benefícios de tecnologias básicas como o Raio-X, tendo que se deslocar grandes distâncias para conseguir atendimento. Isso demonstra o descuido do Poder Público em tornar o acesso à saúde mais igualitário. Ainda nesse contexto, tem-se a gestão de má qualidade dos recursos da saúde pública, uma vez que são comuns os casos noticiados na mídia, em que prefeituras constroem hospitais e adquirem equipamentos de alta tecnologia sem efetivamente poder usá-los. Desse modo, nota-se que a falta de capacitação de profissionais também compromete o pleno desenvolvimento das tecnologias da saúde, o que compromete o seu usufruto por parte da população. Portanto, fica evidente a necessidade de utilização dos avanços tecnológicos de forma efetiva na saúde, como forma de garantir os direitos plenos do cidadão. Assim, é preciso que o Poder Público disponibilize mais investimentos na infraestrutura dos centros de saúde, e na aquisição de profissionais capacitados para utilizá-las junto aos pacientes. Além disso, é importante a fiscalização, por parte do Ministério Público e órgãos competentes, sobre a aplicação correta das verbas da saúde, evitando desperdício de recursos. Ademais, cabe ao cidadão a cobrança por qualidade nos serviços de saúde, para que seus direitos sejam plenamente exercidos.