Segundo o economista inglês Thomas Malthus, o crescimento excessivo populacional ofereceria problemas, como a falta de alimentos.Esse raciocínio é análogo ao panorama atual brasileiro na saúde pública, pois o inchaço da sociedade acompanhado do errôneo gerenciamento e da falta de uma cultura de prevenção propicia um nefasto cenário no bem-estar do corpo social.Nesse sentido, é essencial discutir tais entraves no Brasil. É imprescindível destacar, de início, a precária organização do sistema de saúde pública.Atualmente, há o escasso número de unidades de saúde para atendimento ambulatorial, e as poucas existentes apresentam dificuldades na sua infraestrutura devido ao baixo investimento.Sendo assim, pessoas em casos mais básicos vão para os hospitais, onde deveriam estar apenas pacientes mais graves.Dessa forma, ocorre uma turgência nessas instituições de saúde e consequentemente a queda de qualidade de seu atendimento como no enorme tempo de espera. Outrossim, questões culturais do brasileiro também afetam a saúde pública.No livro "O Choque do Futuro", de Alvin Toffler, já é colocado os efeitos negativos da celeridade do progresso digital na sociedade, pensamento que se reflete no Brasil.Isso porque a tecnologia incitou o sedentarismo e o imediatismo espelhado na mau alimentação do brasileiro.Nessa perspectiva, a cultura de ir ao médico apenas quando a doença já se instalou associado aos efeitos danosos do mundo digital proporcionaram um grande número de pessoas com enfermidades relacionadas principalmente ao diabetes e hipertensão.Assim, o inchaço dos hospitais torna-se ainda mais alarmante, o que unido com o deficiente gerenciamento provoca graves situações como a superlotação de leitos e falta de materiais médicos. Fica nítido, portanto, que o crescimento populacional teorizado por Thomas Malthus ocasionou perversas consequências na saúde pública ,devido a falta de preparo da mesma.Nesse prisma, é fundamental que o Ministério da Saúde projete uma organização na adoção de novos centros ambulatoriais nos municípios e no seu investimento para distribuir os pacientes da melhor forma e propiciar melhor atendimento.A mídia televisiva em consonância com as escolas, por sua vez, devem disseminar campanhas e debates relacionados à prevenção de doenças e sua importância para saúde de cada indivíduo e para o aliviamento dos hospitais para construir melhor bem-estar à todos.Com esses atos,a endêmica, termo biológico referente à constante, ineficácia da saúde pública será mitigada.