A fragilidade do sistema público de saúde do Brasil é bastante evidente. Ao visitar hospitais e Unidades de Pronto Atendimento é possível notar a falta de médicos, leitos, medicamentos e principalmente a carência financeira para investimentos internos. Embora a tentativa do Governo Federal de minimizar a situação, a maioria dos brasileiros ainda tem dificuldade em acessar o sistema. Houve um longo e árduo processo de luta dos cidadãos brasileiros pelo direito à saúde. Como resultado das solicitações, em 1988 uma nova Constituição foi promulgada, contendo um capítulo exclusivo para o campo da saúde, garantindo um sistema público e gratuito. Entretanto, o acesso é dificultado por diversos fatores, que prejudicam, majoritariamente, as pessoas que dependem única e exclusivamente desse sistema, as quais correspondem a 75% da população. Constantemente, há denúncias de fraudes e desvio de recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) que, além de colocar a saúde dos pacientes em risco, fragilizam ainda mais esse Sistema. Com o valor desviado seria possível construir cerca de mil e duzentas novas UBS (Unidades Básicas de Saúde), as quais reduziriam os índices de mortalidade no país, proporcionando um melhoramento dos órgãos de saúde pública, no entanto, esse montante é direcionado a outros setores, na maioria das vezes, privados. Para reduzir as dificuldades e limitações do sistema de saúde brasileiro, é importante, portanto, que o Poder Judiciário aplique as leis de maneira mais eficiente. Também é interessante que o Poder Legislativo analise as normas da Constituição e, se preciso for, modifique-as. Para o fim da corrupção na saúde, é indispensável que os órgãos públicos façam um controle financeiro dos recursos enviados para essa área, por meio de levantamentos mensais. Apenas dessa forma haverá um melhoramento significativo na saúde brasileira.