Título da redação:

Entre a falta e o desperdício

Tema de redação: Acesso ao sistema público de saúde: os problemas enfrentados pelos brasileiros

Redação enviada em 06/07/2017

Desde o iluminismo, já sabemos – ou deveríamos saber – que a sociedade só progride quando um se mobiliza como o problema de outro. No entanto, a atual defasagem do sistema de saúde publica do Brasil, fundamental principalmente às camadas mais carentes da população, evidência que esse ideal filosófico é verificado apenas na teoria. Muitos importantes passos já foram dados na tentativa de reverter esse quadro. Porém, tanto a escassez, como a má administração de recursos financeiros perpetuam essa problemática. Em primeiro plano, é evidente que o limitado orçamento destinado para a saúde é, em grande parte, o maior responsável pela precariedade da saúde pública nacional. Como os investimentos no setor são pequenos, os médicos acabam sendo mal remunerados e, consequentemente, perdem seu estimulo por realizarem bons atendimentos. Em outros casos, fora do âmbito salarial, as precárias condições de atendimento, como a falta de materiais, podem promover a proliferação de doenças. Nesse contexto, os órgãos e agentes responsáveis por promover atendimento tem suas capacidades limitadas Em uma segunda análise, a má administração dos recursos destinados ao setor deve ser considerado. Segundo o pensador iluminista Adam Smith, todo serviço é regido pela necessidade ou demanda por esse. Diante disso, a desestruturada gestão da saúde contribui para que os recursos destinados sejam mau aproveitados. A corrupção e a burocracia, por exemplo, desperdiça altos montantes financeiros. Dessa maneira, valores que poderiam contribuir para a saúde da população , são perdidos. Torna-se evidente, portanto, que a limitação e a precária administração de recurso do setor dificultam o fim da precarização da saúde pública. Cabe ao Legislativo aprovar medidas que destinem mais recursos aos hospitais e órgãos conveniados. O Ministério da Saúde, por sua vez, deve, consultando especialistas, adotar um novo modelo de gestão de recursos. Além disso, a mídia, por meio de ficções engajadas, deve abordar a questão instigando um maior número de denúncias. Quem sabe, assim, os problemas da saúde brasileira tenha fim e a sociedade brasileira possa transformar os ideais iluministas em prática, e não apenas em teoria