O Renascimento foi um grande período de crescimento intelectual e artístico na Europa, no qual vários cientistas e pensadores passaram a abandonar as visões tradicionais sobre a medicina, trazendo a ascensão da Medicina Científica. Porém, mesmo com todos os avanços tecnológicos ocorridos ao longo dos anos, ainda existe um déficit no que se diz respeito ao sistema de saúde pública no Brasil hodierno. Para que as dificuldades enfrentadas em relação a esse sistema sejam cessadas, é necessário que seja lançado um olhar holístico para o paciente e a efetivação dos direitos dos cidadãos brasileiros. O papel do médico é orientar e compreender integralmente o paciente. Lançar uma visão holista significa lançar uma visão transdisciplinar, considerando inclusive a ancestralidade, unindo a medicina tradicional, psicologia, ciência, fatores externos e emocionais como parte do tratamento. Como o paciente do mundo contemporâneo deixou de aceitar sem questionar os diagnósticos médicos, se o profissional não tiver um olhar humanizado, é possível que a pessoa, sendo atendida, perca a sua credibilidade no diagnóstico e se automedique, o que apenas lhe causa prejuízo, podendo levar até mesmo à sua morte. Somado a isso, muitas vezes os cidadãos têm os direitos inexoráveis deles violados. No Brasil, nota-se a irregularidade do Estado frente à execução dos direitos à saúde, que são garantidos pela Carta Magna de 1988, conhecida como Constituição Cidadã. Essa fragilidade admite a superlotação dos hospitais e a falta de materiais necessários nos atendimentos, o que pode levar a uma condição mais grave do paciente, pois ele fica exposto a mais patologias e pode pegar uma infecção no próprio ambiente hospitalar. Logo, apesar das diretrizes constitucionais, persistem a violação à dignidade humana, a consequente objetificação dos pacientes e a deficiência do sistema de sáude para atender a demanda populacional. Destarte, pode-se perceber que devido aos empecilhos enfrentados pela saúde pública no Brasil, há um grande número de mortes no país inteiro. Para que esse número diminua, é imprescindível que os médicos tenham uma visão diferenciada para o paciente, aprofundando-se em temas diferentes da medicina e demonstrando interesse pelo mesmo. Também é de suma importância que seja efetivado o repasse de verbas aos municípios pelo Governo Federal, para investirem em seus hospitais. Só assim a medicina poderá ser usada na plenitude dela no cenário nacional.