De acordo com a constituição de 1988, a saúde é um direito a todos, desde a infância até a velhice. No entanto, a realidade do sistema público de saúde brasileiro vai de encontro com esta teoria, fornecendo somente o caos e a insegurança à população. A permanência deste cenário é reforçada exponencialmente pela má gestão do Estado, o qual demonstra o seu desinteresse em relação ao bem-estar público. A universalidade, integralidade e equidade são princípios do SUS (Sistema Único de Saúde), o qual são violados cotidianamente com o descomprometimento de fornecer saúde à sociedade. Dados que exemplificam isso afirmam que apenas 10,7% do orçamento público foi destinado ao SUS. Confirma-se, portanto, que a garantia de saúde a todos, presente na constituição, está se transformando numa utopia aos brasileiros. Outro fator existente que colabora para a permanência deste contexto é a má gestão das entidades governamentais das camadas municipal, estadual e federal, transformando, por conseguinte, a saúde pública em sinônimo de imperfeições inacabadas. Uma pesquisa do Datafolha, em consonância à desordem presenciada, confirma que 47% dos entrevistados se encontravam em uma fila de espera de seis meses. Fica evidente, portanto, a existência de um abismo entre os interesses do Estado e os anseios da população. Em virtude dos fatos mencionados, está explícito que o cenário em que o sistema de saúde se encontra exige mudanças, a fim de o tornar mais “humano”. Por parte do governo federal, cabe a tentativa de uma reforma no SUS, com uma reformulação em seus princípios e objetivos, tornando-os possíveis de serem aplicados, como também uma parceria entre a iniciativa privada e pública com a intenção de melhorar a gestão de hospitais. Desse modo, há possibilidades de mitificarmos este impasse, permitindo que o bem-estar seja prioridade.