Na cidade do Rio de Janeiro, durante a republica velha, a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, em meio a uma epidemia, causou uma onda de protestos e manifestações populares. Tal episódio conhecido como Revolta da Vacina, evidenciou o desastre das políticas públicas de saúde, consequência de péssimas medidas profiláticas. Atualmente, saúde brasileira sofre do mesmo mal, levando ao caos do sistema público de saúde que não suporta a demanda. Ora, a prevenção é o melhor remédio. Em primeira análise, o fracasso da medicina preventiva contribui para a problemática. Uma grande parcela de pacientes, usuários do SUS, poderia ser evitado a partir de medidas preventivas que inibam a proliferação e a complicação de males facilmente tratáveis. A precarização dos postos de saúde, ausência de médicos especializados em medicina familiar e a queda na cobertura vacinal, como no caso da poliomielite, que no ano de 2016 ficou abaixo da meta de imunização, de acordo com o Programa Nacional de Imunização, são indicadores desse fracasso, que leva à superlotação de hospitais, prejudicando o serviço. Portanto, a imensa demanda por atendimentos médicos no SUS poderia ser evitado através do aprimoramento da medicina preventiva. Ademais, a ausência de serviços de saneamento básico atua como agravante dessa mazela. Inúmeros casos de verminoses, viroses e protozooses poderiam ser evitados através do oferecimento de serviços básicos de saneamento, como o fornecimento de água tratada e a instalação de redes de esgoto. Entretanto, segundo a pesquisa realizada pelo SNIS, metade dos brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, o que leva a formação de reservatórios de doenças, fazendo com que indivíduos usufruem do SUS de forma desgastante. Logo, a criação de um projeto, via Poder Executivo, que destine verbas para estruturação sanitária de áreas carentes soa necessário. Repensar o modelo de política de saúde pública é fundamental para a restruturação do Sistema Único de Saúde. Desta forma a criação de planos de promoção de medidas médicas profiláticas, feitas pelo Ministério da Saúde, além do incentivo à pesquisa na área da saúde, por meio de parcerias com instituições superiores, visando a melhoria do processo, equilibrarão o sistema, de forma a oferecer serviços de qualidade.