No Brasil, as discussões acerca dos problemas enfrentados pela população que busca acesso ao sistema de saúde oportunizam reflexões sobre as deficiências encontradas pelos cidadãos. Nessa perspectiva, cabe ressaltar que a saúde é direito de todos e dever do Estado, conforme está prevista na Constituição Federal de 1988. Um dos fatores mais associados com a ineficiência do Sistema Único de Saúde diz respeito a falta de profissionais, sobretudo nas regiões mais distantes dos centros urbanos. Outras razões que corroboram para precarização do serviço são os problemas estruturais como falta de leito e superlotação que se encontra atualmente, principalmente pelo aumento da demanda em busca de atendimento. No país, cerca de 60% dos hospitais estão sempre superlotados devido à falta de leitos e equipamentos, médicos. No Rio de Janeiro, por exemplo, segundo o Conselho Regional de Medicina, a central que organiza a distribuição dos pacientes deixa de atender diariamente de 30 a 40 pedidos de vaga. Em muito dos casos, as pessoas recorrem à justiça para tentar garantir o seu direito que está expresso na carta magna. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a omissão do Estado em promover e ampliar as políticas públicas voltadas para o melhoramento da saúde fere no que diz respeito aos direitos humanos, sobretudo ao princípio da dignidade humana. Isso sugere ações continuadas por parte do Estado que é o garantidor em cumprir o que está escrito na Constituição. Dessa forma, questões como superlotação, falta de servidores sejam resolvidas de forma mais eficaz para que solucione o problema crônico que os cidadãos enfrentam diariamente. Espera-se que o poder público encontre maneira de assistir as pessoas que buscam os serviços de saúde com melhor qualidade.