Nos períodos anteriores da década de 90, a saúde no Brasil era destinada apenas à determinados grupos, ficando de fora as pessoas que não possuíam condições financeiras para custeá-la de forma particular. Com a criação da Constituição de 1988, foi criado o SUS (Sistema Único de Saúde) que visava oferecer um sistema de saúde para as classes mais carentes. No entanto, o insuficiente investimento na saúde pública pelo Estado e a falta de conscientização da população contribui para a precariedade desse sistema no país. Primeiramente, os atos de corrupção propiciam o caos nos hospitais públicos. São inúmeros os casos de desvios de verbas sob as transações financeiras que deveriam ser destinadas aos investimentos dos hospitais. A obra “Sob Pressão - A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro” do autor Marcio Maranhão, um cirurgião torácico, relata a fragilidade dos atendimentos médicos, a falta de infraestrutura, ausência de medicamentos, desvalorização dos profissionais. Muitas vezes, pessoas não são socorridas devido à escassez de equipamentos médicos, esse que deveria ser ofertado pelo Estado, pois a maior parte da população depende do sistema público. Em consonância, a epidemia da Febre Amarela em 2017 mostrou o despreparo e a desordem da saúde pública devido à falta de estrutura do país de conduzir uma endemia. Poderia ser evitada a morte de 240 pessoas se a população das regiões afetadas estivessem vacinadas e se as áreas florestais estivessem mais preservadas. Logo, a falta de valorização pela natureza que a própria população conduz com os desmatamentos, sujeiras nos centros urbanos e poluição de rios tal como o Rio Tietê, propicia o aumento ao número de agentes etiológicos e, consequentemente, doentes. Muitas vezes, a própria comunidade procura debilitar-se, não seguindo as medidas profiláticas de determinadas doenças. Dessa maneira, medidas são necessárias para melhorar a saúde pública no Brasil. O Governo Federal junto ao Ministério da Saúde devem fiscalizar os casos de corrupção e punir os envolvidos conforme a lei para evitar os desvios de verbas destinados à Saúde, com isso, garantindo o devido investimento à esse no Brasil, pois, como previsto pela Constituição, a saúde pública é direito de todos cidadãos. Além disso, as doenças de pacientes encaminhados aos hospitais poderiam ser evitadas, com ações mais efetivas na área da prevenção e se a população seguir as medidas profiláticas, como o uso de preservativos para se evitar doenças sexualmente transmissíveis, ou se tratadas em estágio inicial pelos profissionais dos postos de saúde, o Diabetes Mellitus como exemplo.