Título da redação:

À espera de consolidação

Tema de redação: Acesso ao sistema público de saúde: os problemas enfrentados pelos brasileiros

Redação enviada em 18/07/2017

Com a Constituição de 1988, no Brasil, houve a criação do SUS – Sistema Único de Saúde –, que representa uma conquista aos brasileiros ao almejar um acesso igualitário e gratuito à saúde. Porém, o SUS é uma política de rede nacional integrada de serviços que está, ainda, para ser consolidado. Não raros, pois, são os relatos de insatisfação da população em relação ao atendimento e serviços prestados, bem como pelo mau gerenciamento do sistema. A consolidação do SUS significa o cumprimento, na prática, do que em teoria oferece, não só uma saúde gratuita, mas universal, integral e de qualidade à população. Importante salientar que tal fato não se trata de algo utópico, visto que o cidadão cumpre com seu dever e paga altíssimos impostos na espera de ser restituído. Mas, segundo a revista Época, o investimento federal em saúde caiu novamente em 2017. Assim, o descaso decorrente da falta de investimentos suficientes e a dificuldade no acesso à saúde pública foram confirmados por uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha. Há dificuldades, sobretudo, ao acesso de cirurgias e procedimentos como quimioterapia e hemodiálises. Além disso, os tempos de espera para acessar serviços perpassam, muitas vezes, os seis meses. Todavia, além do problema de investimento há, também, problemas no gerenciamento das verbas. A OMS – Organização Mundial de Saúde – estima que 20% a 40% do gasto total em saúde é desperdiçado por diversas formas de ineficiência, como comunicação ineficaz e reconciliação medicamentosa incorreta. É notório, portanto, que faltam profissionais preparados para atuar como gestores e, o dinheiro desperdiçado deixa de ser investido em novos equipamentos ou na contratação de mais profissionais, o que melhoraria o atendimento. Com isso, faz-se necessário que a União repasse maiores investimentos à área da saúde. Concomitantemente, é importante oferecer aos gestores envolvidos na saúde pública, por intermédio das faculdades de ciências médicas do país, programas formativos que auxiliem na apreensão de conhecimentos e habilidades típicas de gestores, como liderar grupos, conhecimento técnico de administração e compromisso social. Ademais, cabe à sociedade reivindicar pelos seus direitos e denunciar à mídia os problemas enfrentados no acesso à saúde, além de organizar protestos e manifestações que demonstrem aos governantes suas insatisfações, pressionando-os por medidas.