O conceito doenças reemergentes está presente na humanidade desde as sociedades mais remotas. A peste bubônica ocorrida na Europa no século VII foi uma grande catástrofe do período sendo erradicada e voltando após um tempo no século XIV. Além disso, o surgimento de novas doenças e transmissão vão ao encontro das Grandes Navegações que, no caso do Brasil, o contato do aborígene com o estrangeiro foi impactante para as comunidades indígenas aqui existentes visto o déficit imunológico dos mesmos. Nesse sentido é inegável que em pleno século XXI, diante do grande avanço cientifico patologias já erradicadas voltem à tona na sociedade. Mário de Andrade, escritor brasileiro do século XX, em sua obra Macunaíma destaca a deformação do corpo do personagem satirizando a falta de discernimento e a deformação da conduta do brasileiro. Nesse sentido é notório destacar que a falta de controle de endemias é decorrente da irresponsabilidade do indivíduo. Assim como o ressurgimento de patologias é decorrente da ação antrópica, casos como a criação de lagos artificiais na construção de usinas hidrelétricas provocam surtos como malaria e dengue na região . Ademais, além do desequilíbrio ecológico outro importante fator que contribui para essa problemática é o movimento imigratório irregular no que contribui para a quebra de medidas da saúde pública e também é um jeito de doenças cruzarem fronteiras. A exemplo disso, recentemente em um discurso do 1° Ministro Britânico é uma das justificativas para a saída do reino unido da União Europeia. Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, que para evitar a reincidência de surtos patológicos cabe ao governo federal a criação de secretarias de fiscalização dos fluxos migratórios contribuindo para a melhoria da saúde pública em consonância com os direitos humanos. Além disso é de extrema importância a criação e a propagação de campanhas pela mídia com o intuito de passar para a população medidas preventivas e combate de doenças.