Segundo Marcel Proust, a natureza parece quase incapaz de produzir doenças que não sejam curtas. Há uma grande sabedoria atribuída a essa frase, uma vez que é perceptível que, mesmo com o passar dos anos, a volta de doenças, aparentemente, erradicadas no Brasil. Isso porque a falta de saneamento básico e o alto índice de imigração entre os países ajudam que doenças controladas voltem a aparecer. A Peste Negra foi uma pandemia no século XIV, na Europa. A propagação da doença, inicialmente, deu-se por meio de pulgas de ratos infectadas que transmitiam às pessoas por meio de picadas, sendo que a sua causa foi a falta de saneamento básico. Nesse contexto, nota-se que a precariedade desse serviço público é uma das principais causas da volta de doenças, já que serve para a procriação do mosquito Aedes Aegypty, por exemplo, sendo que um mosquito apenas pode transmitir Malária, Febre Amarela e 5 tipos diferentes de Dengue. Além disso, posteriormente o alto índice de imigração, por intermédio de caravanas de comércio que saiam da Ásia, através do Mar Mediterrâneo, em direção as cidades européias foi uma das principais causas de transmissão da Peste Negra, já que pessoas infectadas transmitiam a doença por meio de espirros. Contemporaneamente, tem sido perceptível que muitas doenças, antes erradicadas, estão voltando e isso se deve pela elevada imigração interna ou externa, exemplo disso é a tuberculose que é transmitida por tosse ou espirros. Diante desse cenário, percebe-se que medidas são fundamentais para combater o impasse das doenças reemergentes no Brasil. Em função disso, faz-se necessário que o governo invista mais nas obras públicas, erradicando a problemática de doenças transmitidas pela falta de saneamento básico. Outrossim, o governo também deve intensificar a fiscalização do cartão de vacina das pessoas nos aeroportos e na fronteira entre países, porém quando for um problema interno, a vacinação é uma medida de prevenção fundamental para evitar que doenças erradicadas voltem ao cenário urbano ou o surgimento de doenças emergentes. Simultaneamente, a educação fornecida pela relação família-escola é imprescindível para que desenvolva, desde as fases iniciais, indivíduos com capacidade de discernimento, fazendo a sua parte como cidadão para evitar que doenças voltem a aparecer, já que como disse Kant “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”.