Título da redação:

Preconceito racial como consequência da escravidão

Tema de redação: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 05/02/2017

Preconceito racial como consequência da escravidão Desde épocas coloniais, a hierarquização de raças se tornou presente na realidade do núcleo social, devido à escravidão e ao preconceito, justificadas pelas condições teóricas e culturais. Entretanto, no mundo moderno, consequências dessa realidade ainda se mostram presentes na sociedade. O preconceito permanece, muitas vezes, invisível, e a luta, por plenos direitos civis ao negro, ainda não acabou. Dessa forma, são necessárias mais medidas que visem ao enfrentamento dessa problemática, analisando seus efeitos e, sobretudo, suas causas. Em uma primeira instância, o racismo é um comportamento por meio do qual um indivíduo ou grupo se manifesta de forma preconceituosa contra características diferentes. Em alguns casos, é elevado a condições teóricas de características sociais e origens superiores, justificando suas práticas, como ocorreu durante o imperialismo europeu, no qual estudos pseudocientíficos baseados no darwinismo social buscaram justificar a existência de raças superiores, dando base a movimentos como o Apartheid e o Holocausto. Nesse contexto, o racismo ainda se mostra presente na sociedade brasileira, assim como retratado pelo livro Casa grande e senzala de Gilberto Freyre, que apresenta a importância da organização social do Brasil colônia para a formação sociocultural brasileira. Além de músicas, como Negro Drama, da banda Racionais, que evidencia as adversidades sociais presentes, como também os traumas e psicoses sofridos pela população marginalizada. Seria equivocado dizer, portanto, que, depois do fim da escravidão, todos têm os mesmos direitos, pois o preconceito ainda se vê difundido na sociedade, apoiando as desigualdades sociais, muitas vezes, invisíveis na população. À luz destas considerações, vê-se que é necessário pesar e pensar o racismo de maneira mais racional, já que se apresenta como uma realidade evidente. Para tanto, cabe às autoridades governamentais o incentivo à educação desde cedo nas escolas, através do aprimoramento do ensino das Ciências Sociais e a formação de opinião, para que julguem o preconceito como uma prática prejudicial à coletividade. À sociedade civil, nos lares, cabe discutir esse assunto livremente, visando à formação do caráter de jovens e adolescentes, de modo que as gerações futuras não constituam uma população preconceituosa.