Título da redação:

Obstáculos na erradicação de doenças

Tema de redação: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 08/02/2017

Os danos que o ser humano causa a natureza tem se refletido na volta de doenças que haviam sido erradicadas no Brasil. Apesar do avanço tecnológico corroborar a capacidade intelectual do homem, ainda presenciamos incivilidades contra a fauna, a flora e ao próprio semelhante. Já dizia Manuel Bandeira que “a existência humana é uma aventura, de tal modo inconsequente”. Nessa perspectiva, confirma-se o ato do homem em se beneficiar da natureza sem medir as consequências: o lixo jogado em terrenos baldios e estradas são fatores que diminuem a eficácia do saneamento básico. Portanto, a água parada e as enchentes se tornam um viveiro para os vetores e para transmitir doenças como a dengue, febre amarela e leptospirose. Além disso, os vírus e bactérias transmitidos pelos hospedeiros intermediários sofrem mutação, que ocorrem ao acaso, mas são selecionados a partir do uso inconsciente de medicamentos pelo ser humano. Apesar de o Brasil possuir um importante produtor de imunobiológicos, o Instituto Butantam, o cidadão peca quando o assunto é prevenção e combate. O ato de prevenir é contínuo, o que requer campanhas públicas de saúde durante o ano todo, reforçado pelos meios de comunicação e pela segurança municipal. Entretanto, há desleixo nesses aspectos, contribuindo para mais focos de doença e, consequentemente, proliferando novas gerações de vírus e bactérias. De tal maneira, devem-se criar novas vacinas e soros, que requer tempo e investimento, dificultando ainda mais a qualidade de vida do brasileiro. As doenças que haviam sido erradicadas voltam mais resistentes no Brasil. Portanto, é necessário que haja mais campanhas de prevenção e fiscalizar com rigor as leis de proteção ao meio ambiente. Aliando isso ao incentivo governamental, juntamente com iniciativa privada, é possível ampliar o debate sobre as doenças e como minimizá-las por meio de saneamento básico, assim como a ampliação da pesquisa para a produção de fármacos que acompanhem a evolução genética dos agentes etiológicos e seu uso.