O transmissor O mosquito Aedes Aegypti é o causador da dengue, zika e chikungunya e possível transmissor da febre amarela urbana. Ele é menor que o pernilongo comum, é preto com listras brancas no tronco, cabeça e pernas. Suas asas são translúcidas e seu ruído é quase imperceptível. O Aedes põe seus ovos em latas, garrafas, caixa d’água aberta, pneus, tampinhas, enfim qualquer recipiente onde possa ser armazenada água. Ele é muito comum no verão, pois, nessa estação, são comuns as precipitações de chuva seguida de calor, criando o ambiente favorável para que o mosquito possa iniciar o seu ciclo de reprodução. Por causa disso, atualmente vivenciamos um surto de microcefalia causada em crianças, cujas mães tiveram o zika vírus durante a gestação. Centenas de bebês, principalmente na região nordeste, nasceram com uma má deformação cerebral que pode causar desde prejuízos na fala, audição, visão até disfunção na coordenação motora. Outra situação que tem deixado os infectologistas e os epidemiologistas em alerta é a ocorrência do retorno da febre amarela. O alento é que todos os casos notificados aconteceram na versão silvestre, transmitida somente na zona rural. O Aedes só entrará em ação, se a circulação do vírus sair da zona rural para a zona urbana. Por isso, há uma necessidade urgente de imunizar as pessoas da zona rural para que a doença não chegue nas cidades. É preciso erradicar novamente a febre amarela, uma vez que tem vacina para isso. Já quanto às doenças causadas pelo Aedes ainda não tem um tratamento específico, logo será um caos, caso o vetor da dengue, zika e chikungunya se torne também um vetor da febre amarela. Dessa forma, nota-se a necessidade de combater os focos do mosquito, pois é a nossa principal arma contra o Aedes. É preciso que a população se conscientize e faça a sua parte, atuando na limpeza de sua própria casa e se tornando fiscais dos seus vizinhos, para que, não venham deixar material que promova o ciclo de reprodução do transmissor. O governo também precisa fazer a sua parte, ou seja, investir em saneamento básico, acabando com os esgotos a céu aberto; promover campanhas de vacinação, para que, os brasileiros percebam a necessidade de se imunizar das doenças que já têm tratamento. Por fim, outra maneira é através da informação, ensinando crianças e adultos que um ambiente limpo é essencial à qualidade de vida.