Título da redação:

O retrocesso brasileiro no controle de epidemias

Tema de redação: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 20/08/2018

Sabe-se que o Brasil passou por muitas campanhas de vacinação que começaram desde 1903 com Oswaldo Cruz, e finalmente em 2016, o país foi declarado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), livre de Sarampo, já que tinha passado um ano sem registros da doença. Mas esse estado mudou recentemente, além da volta do Sarampo, teve um aumento nos casos de febre amarela e principalmente de Hepatite A, na qual ocorreu um aumento de 70%, além disso, o Ministério da Saúde constatou que a poliomielite pode retornar em, no mínimo, 312 cidades brasileiras. O principal motivo para esse aumento nas taxas e para a volta de algumas doenças é a precarização do sistema público de saúde, em muitos lugares do país a população não está em dia com a vacinação, em 2017 cerca de 64% dos brasileiros adultos estavam com vacinas pendentes. Esse estado de negligência ocorre por causa da falta de cobertura nacional do governo federal e a falta de preocupação, com a imunização, por parte das pessoas acima de 18 anos, que em muitos lugares do mundo, segundo um levantamento do laboratório farmacêutico GSK, acham que quanto mais velho se fica menos a imunização faz diferença. Um outro motivo para isso é a entrada de venezuelanos no Brasil, em fuga do regime de maduro, pelo norte do país, esses imigrantes, que também não estavam adequadamente vacinados, acabaram trazendo um surto de sarampo para os estados da Amazônia, Roraima e Rondônia. Até a metade de 2018 já foram notificados 677 casos em todas as regiões, a maioria registrados no norte, como esperado, mas sabe-se que a doença já chegou no sul do território nacional. Com isso, percebe-se que, apesar da crise de sarampo ter começado na Venezuela, a responsabilidade por isso ter acontecido está apenas nos brasileiros, primeiro o povo, já que muitos negligenciam a vacinação por diversos motivos diferentes, e segundo o governo, que não deu o devido valor para a fiscalização e controle da saúde no país, sendo assim, para remediar esse problema é necessário que os órgãos públicos responsáveis realizem uma campanha de conscientização, incentivando a população a colaborar com a vacinação, mas só isso não basta, o governo também precisa investir na produção de recursos e na acessibilidade desses serviços.