“Errar é humano, persistir no erro é burrice” Vacinação e saneamento básico, eis os inimigos mortais da febre amarela: este eliminando os vetores; aquela, imunizando as vítimas. A falta da ação conjunta desses elementos é a principal causa da reincidência dessa doença, refletindo a negligencia do governo e da população. A vacinação contra a febre amarela estimula a produção de anticorpos contra o vírus patógeno e a falta dela deixa a população vulnerável. No início do século XX, a vacinação em massa foi uma das medidas adotadas por Oswaldo Cruz para erradicar essa doença. Contudo, por, até então, ser considerada uma doença obsoleta, muitas pessoas desconsideraram a revacinação, que deve ser feita a cada dez anos. Além disso, é sabido que no Brasil o saneamento básico é precário ou ausente em grande parte do território. O descaso quanto à ele propicia um ambiente favorável a proliferação do Aedes aegypti, mosquito vetor. Isso acontece devido a necessidade da fêmea de depositar seus ovos em água parada, onde se desenvolverão seus descendentes. Por este motivo que, a reorganização e limpeza da cidade no Rio de Janeiro no início do século passado foi também uma medida de controle dessa doença. O desaparecimento definitivo da febre amarela, portanto, depende de forças bilaterais. Primeiramente, é necessário que o Ministério das Cidades estabeleça um projeto de saneamento básico para as cidades mais precárias. Seguidamente, é necessário que o Ministério da Saúde promova campanhas de conscientização quanto à importância das vacinas, estimulando a população a cumprir seu dever quanto à autopreservação.