“Erra é humano, persistir no erro é burrice” No início do século XX, o sanitarista Oswaldo Cruz começou uma série de ações no Rio de Janeiro para eliminar três principais doenças que assolavam a população, entre elas, a febre amarela. Isso constituiu o primeiro passo no combate a essa virose que, com o passar de algumas décadas, desapareceu nas regiões urbanas do Brasil. Entretanto, o recente reaparecimento dessa doença trouxe novamente as discussões de como combate-la de forma efetiva. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a febre amarela acomete mais de 200 mil pessoas a cada ano no mundo e, em sua forma grave tem taxa de mortalidade acima de 50%. Por ser altamente epidêmica, em situações de surto, leva a uma ansiedade pública generalizada e a uma grande demanda de dinheiro público para custear as hospitalizações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, afeta a economia, com a diminuição do fluxo de turistas, prejuízo nas transações comerciais e relações internacionais. Contudo, esse problema está longe de ser resolvido. Primeiramente, porque o clima tropical, predominante no Brasil, é favorável a reprodução e desenvolvimento dos mosquitos vetores. Somado a isso, por depositar seus ovos em água parada, o mosquito encontra em muitas cidades brasileiras, com saneamento precário, locais adequados para sua reprodução. E o descaso da população, ao negligenciar a vacinação e o combate aos focos do mosquito, é outro motivo que leva ao reaparecimento dessa doença. E necessário, portanto, que o Ministério das Cidades, responsável pelo saneamento, em parceria com os governadores de Estado, crie estratégias para eliminar os focos do mosquito, através da limpeza de ruas, terrenos baldios e banimento de lixões a céu aberto. Além disso, cada município, através de seu Agentes de Endemia, deve fiscalizar as residências para identificar irregularidades e a Câmara dos Vereadores deve aprovar uma lei que permita multá-las nesse caso. Somado a isso, deve retornar as campanhas de incentivo a vacinação contar a febre amarela.