Ao longo dos últimos cinco séculos, os fluxos migratórios e os contextos econômicos interferiram diretamente na saúde pública nacional. Tais fatores necessitam ser estudados em suas vertentes geográficas e ambientais. Desse modo, será possível entender os reveses da volta de doenças já erradicadas no Brasil. Primeiramente, é necessário analisar a disseminação de patologias em um mundo cada vez mais globalizado. Isso ocorre porque o fluxo de pessoas está mais intenso em razão da facilidade de locomoção. Tal fato é agravado no Brasil, visto que nos últimos anos, o país sediou vários eventos de expressão mundial como a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. Dessa forma, o país tornou-se mais vulnerável à entrada de doenças já erradicadas em seu território. Além disso, é importante salientar as ações humanas que causam desequilíbrios ambientais e a difusão de doenças. Tal panorama se dá, uma vez que as queimadas e o desmatamento expulsam os vetores de seus habitats naturais, levando-os a ficarem mais próximos dos seres humanos. Assim, o descuido com a natureza possui efeitos desastrosos para toda a população e atua como protagonista na proliferação dos agentes patológicos. Diante do exposto é indiscutível a necessidade de ações públicas a fim de combater o reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil. Para tanto, o Ministério da Saúde deve atuar em portos e aeroportos para conceder vistos vistos apenas àqueles que estiverem devidamente vacinados para que não aja a entrada de doenças por estrangeiros. Concomitantemente a isso, os meios de comunicação devem fazer campanhas de conscientização da população, mostrando-a os problemas advindos das queimadas como a proliferação de vetores. E, por fim, organizações ambientais devem fiscalizar e notificar os órgãos governamentais sobre as áreas de desmatamento para atenuar essa prática. Afinal, será a partir de ação e conscientização que as doenças reemergentes serão erradicadas novamente.