Título da redação:

Epidemias como Fênix

Tema de redação: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 11/10/2017

É notório que as doenças reemergentes indicam desequilíbrio ambiental, ineficiência de estudos epidemiológicos e descontinuidade de programas promotores de saúde. Ademais, as epidemias no Brasil foram introduzidas no país no século 16 em decorrência dos colonos doentes que transmitiam patologias aos nativos. Em adição, o retorno dos males do passado não está ligado apenas às condições socioambientais, outro inimigo silencioso relaciona-se aos microrganismos resistentes aliados às condições climáticas e às socioeconômicas. Dessa maneira, a convergência desses fatores condiciona o estabelecimento das epidemias reviventes. A priori, o clima tropical é determinante para a reincidência de certas doenças como dengue e febre amarela por exemplo. Desse modo, pesquisas demonstram que durante o verão ocorrem maiores taxas de incidência dessas patologias e de complicações hospitalares. Em acréscimo, a urbanização sem planejamento intensifica o ressurgimento de doenças, posto que o saneamento básico, o abastecimento de água e a coleta de lixo são insuficientes ou inadequados nas periferias das cidades. Nesse ínterim, muitos problemas como as condições inadequadas de vida das populações carentes não foram solucionados hodiernamente. Desde já, países tropicais possuem piores rendimentos escolares e de produtividade, visto que muitas crianças e trabalhadores faltam à escola e ao ofício, respectivamente, devido às doenças tropicais. Segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde, um ambiente poluído é mortal, principalmente para infantis, pois seus órgãos e sistemas imunológicos são vulneráveis ao ar e à água sujos. Destarte, as doenças com maiores incidências devido à exposição a esses ambientes são a leptospirose, a disenteria bacteriana, a cólera, as parasitoses e o agravamento das epidemias como a dengue. Em síntese, o Executivo deve seguir o Plano Nacional de Saneamento Básico que concede isenção de tributos e de recursos às empresas do setor. Assim sendo, os gastos em tratamento de patologias serão reduzidos. Outrossim, o Ministério da Saúde deve contratar epidemiologistas de campo para o SUS, a fim de que eles investiguem a fauna, populações animais e relatem as observações a equipe multidisciplinar. Além disso, Vigilância Sanitária deve fiscalizar os animais de experimentação devido ao tráfego global de viroses. Finalmente, as universidades devem conduzir estudos sobre doenças tropicais a fim de anteciparem o raciocínio para a prevenção dessas epidemias que renascem continuamente como a Fênix.