Título da redação:

Doenças erradicadas e a desigualdade social

Tema de redação: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 23/03/2017

O retorno de doenças até então consideradas erradicadas no Brasil revela um panorama do profundo problema na saúde pública, as péssimas condições de saneamento básico em áreas pobres e a falta de informação no que diz respeito às medidas de prevenção. Desse modo, é importante analisar os fatores que contribuem para este retorno e as soluções para uma nova e definitiva erradicação. É notória a relação da volta de doenças consideradas erradicadas como malária e febre amarela com a realidade da desigualdade social do Brasil: populações que vivem áreas pobres próximas às regiões endêmicas que não possuem sistema eficiente de saneamento básico, que contribui para o desenvolvimento dos mosquitos vetores e a falta de investimentos nos hospitais e pronto socorros do SUS(Sistema Único de Saúde), que são completamente despreparados para receber grandes contingentes de pessoas com sintomas das doenças mostram como isso se torna um problema social, uma vez que sem prevenção ou sistema adequado para tratamento, a taxa de mortalidade tende a crescer. Além disso, é importante notar que a falta de investimentos no que diz respeito à criação de vacinas para se adequar aos micro-organismos cada vez mais resistentes aos antígenos gera um problema ainda maior, pois a demanda aumenta cada vez que surgem novos casos. Apesar de o Brasil ser considerado líder na criação e desenvolvimento de vacinas, exportando para mais de setenta países, tendo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como principal centro desenvolvedor, a criação ainda não acompanha a demanda cada vez mais alta. Fica evidente, portanto, que não apenas o investimento no desenvolvimento das vacinas é importante, através da parceria já existente entre o Ministério da Saúde e universidades como a Fiocruz, mas também o acesso das populações mais pobres ao saneamento básico adequado, oferecido pelo Ministério da Cidade, além da melhora na estrutura dos hospitais e postos de saúde para o tratamento daqueles que já estão doentes são essenciais no combate a essas doenças. Somente assim será possível garantir que todo cidadão terá direito à saúde, conforme a Constituição de 1988.