Na conjuntura contemporânea de uma sociedade tecnológica, o direito à saúde é garantido constitucionalmente, porém, a falta de investimento em saneamento básico, aliado a falta de disseminação de informações e o avanço do movimento antivacina tem intensificado o reaparecimento de doenças consideradas controladas até o início do século. O alarmante crescimento no número de doenças infecciosas nessa virada do século está diretamente conectado com a atitude passiva adotada pelo governo, uma vez que a quebra de medidas de saúde pública, como a diminuição de saneamento básico e a precariedade ao tratar da gestão do lixo, aumentaram a incidência principalmente do mosquito transmissor da dengue e da febre amarela, já que o mesmo faz a produção de seus ovos em água parada. Ademais, estudos fraudulentos em que o médico Andrew Wakefild atribuía a vacina ao aparecimento de autismo em pacientes, em 1998, deu início ao movimento antivacina. Uma parcela da população, baseando-se em fatos não comprovados postados em redes sociais, estão contribuindo cada vez mais com as doenças, uma vez que estão sujeitas a adquirirem os vírus e transmiti-los, causando o decaimento da cobertura vacinal, como vem acontecendo na Europa, onde a queda no número de vacinados gerou um surto de sarampo, com mais de 7 mil pessoas contaminadas. Evidencia-se, portanto, que o Ministério da Saúde, aliado com Universidades, participe do esforço para erradicar essas doenças, produzindo pesquisas e mecanismos que aumentem o conhecimento sobre as mesmas. Além disso, a participação da mídia é essencial para campanhas de conscientização sobre o descarte correto do lixo, a fim de evitar a proliferação dos mosquitos causadores do problema. Por conseguinte, a população deve participar ativamente das campanhas de vacinação, além de tomar as medidas necessárias para contribuir com o combate do ambiente propício ao desenvolvimento de vetores e hospedeiros.