Título da redação:

As resistentes doenças que retornam

Tema de redação: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 09/04/2017

Relativo à volta de doenças erradicadas no Brasil, pode-se dizer que é preocupante para toda a sociedade, visto que se relaciona não só com a precária qualidade de vida e desmatamento, mas também com a mutação de microrganismos, reflexo de uma utilização errônea de medicamentos. É indiscutível o poder destrutivo que as doenças endêmicas possuem, na Europa, por exemplo, aproximadamente 33% da população foi dizimada pela Peste Negra. No Brasil não é diferente, o número de mortes decorrentes da Dengue, Febre Chikungunya, Zika Vírus e até da Febre Amarela, que retornou recentemente, é assustador. Assim como na Europa as péssimas condições de higiene aceleraram a disseminação da Peste Bubônica, nas periferias e centros urbanos brasileiros, o frágil sistema de saneamento básico contribui com a multiplicação dos organismos vetores. Além disso, o desmatamento é outro grande potencializador desse problema, pois destrói o habitat natural dos hospedeiros e microrganismos. Convém lembrar ainda que a população, por usar erroneamente os medicamentos e negligenciar vacinas, colabora para o fortalecimento das bactérias e vírus patogênicos. Aplicando o conceito Darwinista de Seleção Natural, pode-se afirmar que quando o indivíduo não utiliza corretamente os remédios, os microrganismos mais resistentes sobrevivem e se reproduzem. Esse é um problema que amedronta até as áreas farmacológicas, já que, se isso persistir na sociedade, esses organismos se tornarão muito resistentes e a dificuldade de eliminá-los, mesmo com drogas potentes, será grande. A volta de doenças erradicadas no Brasil é, portanto, um problema para toda a sociedade e tem como principais causas o desmatamento, a utilização errada de medicamentos e a precariedade do sistema de saneamento básico. Tendo como base a terceira lei de Newton que diz que toda ação tem uma reação, a população deveria reivindicar melhorias no saneamento através de paralisações no setor econômico. Somando-se a isso, deveria haver uma parceria entre o Ministério da Saúde e ONGs defensoras da natureza em que, respectivamente, investiriam em pesquisas biológicas relativas à mutação desses vírus e bactérias, fizessem palestras nas escolas que evidenciassem as consequências do uso errado de fármacos e, por fim, realizassem campanhas com a sociedade e a mídia digital contra o desmatamento predatório da vegetação brasileira.