Título da redação:

Ação e reação

Tema de redação: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 18/02/2017

O “vai e vem” de doenças já é um evento corriqueiro na história do Brasil. O mosquito Aedes Aegypt, por exemplo, já foi considerado como erradicado, em 1955. Menos de uma década depois, com a acomodação do serviço público e da população somada com a falta de saneamento básico, ele ressurgiu. Atualmente, essa única espécie é vetor de quatro doenças diferentes e circula por todo o país. Cinquenta anos se passaram, e tais fatores, ainda existentes, permitem não só a subsistência do Aedes e suas doenças, como também o aparecimento de várias outras. O reaparecimento febre amarela, mais recentemente, é também um grande exemplo do que a indolência do serviço de saúde publico pode gerar, uma vez que tal evento pode ser facilmente prevenido por meio de campanhas de vacinação. A população, logicamente, tem culpa nisso, pois o mosquito transmissor da doença precisa de um local propício para reproduzir: a água parada. Somos, inevitavelmente, os maiores responsáveis pela nossa saúde. A inexistência de saneamento básico é igualmente um grande fator que impossibilita a extinção de patologias. Segundo pesquisas do Instituto Trata Brasil, até 2012, mais de 40% dos municípios não possuía saneamento básico (90% nas regiões norte e nordeste). Infelizmente, enquanto tal problema não for resolvido, poderemos utilizar, de forma vulgar, a Terceira Lei de Newton para prever a existência de doenças no Brasil: "tudo que vai, volta". Nota-se, portanto, que a volta de doenças depende de quem a previne: o serviço público. Logo, cabe ao Ministério da Saúde resguardar a população por meio de campanhas de vacinação, bem como educa-la, por meio da mídia, sobre como evitar o reaparecimento de doenças, ou a própria existência de seus transmissores. O Ministério das Cidades, por sua vez, pode estabelecer parcerias com governos e municípios afim de criar obras de saneamento, principalmente nas regiões mais carentes.