As migrações ocorridas durante o Brasil colônia trouxeram consigo diversas patologias de outros continentes, contudo os esforços em erradicá-las alcançaram êxito. Porém, os anos se passaram e a preocupação com aspectos econômicos se tornou maior. Deste modo, o descuido do Estado com a natureza e com a saúde pública acabou trazendo a volta de indesejados microorganismos. É importante destacar que o surgimento das grandes cidades agravaram o problema. Por conta do processo de urbanização, a derrubada de árvores tornou-se mais comum e mais intensa, isso gerou um grande desequilíbrio ecológico, visto que o homem atraiu para as cidades muitas pragas que antes eram consideradas silvestres. Desta maneira, as bactérias entraram em contato com locais onde o saneamento básico se encontrava precário e se proliferaram atacando principalmente as classes mais pobres. É fundamental pontuar também que os organismos transmissores evoluem cada dia mais. A demanda do mercado farmacêutico em produzir remédios para o combate das doenças em contrapartida ajudou para que elas ficassem mais fortes, já que, com o passar do tempo, os vírus sofrem mutações e tornam-se mais resistentes aos antigos medicamentos. Logo, medidas que eram tomadas anteriormente não possuem mais o mesmo efeito. Um dos exemplos é o Aedes aegypti que antes deixava seus focos somente em água limpa, no entanto, hoje já é possível encontrá-los em água contaminada. É preciso que o Estado assuma, portanto, seu dever de assegurar a saúde da população, uma vez que sua despreocupação tem acarretado graves consequências, promovendo investimentos na área relacionada a saneamento básico e também campanhas de vacinação nos postos de saúde com o intuito de deixar a maior parte das pessoas protegidas. Outra alternativa é estimular as universidades a fazerem pesquisas e proporem aos alunos celebrar palestras nas escolas e nos bairros a fim de que as doenças se tornem mais conhecidas. Pois como disse Che Guevara: “O conhecimento nos faz responsáveis.”