Título da redação:

A volta de doenças erradicadas no Brasil

Tema de redação: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 11/02/2017

O recente surto de febre amarela no estado de Minas Gerais trouxe à tona uma preocupação até então adormecida no Brasil: o ressurgimento de doenças que há muito tempo foram consideradas erradicadas ou sob controle em território nacional. O mesmo fenômeno já ocorreu com outras enfermidades graves, como é o caso da dengue, e por isso tem amedrontado a população brasileira, que vê sua saúde ameaçada. Diante dessa realidade, surge a necessidade de identificar os fatores que estão convergindo para que tais moléstias, outrora eliminadas com menos tecnologia e conhecimento, tenham voltado a assombrar a sociedade. Um dos principais responsáveis pela referida situação é o relaxamento da sociedade e do poder público com relação ao combate a tais doenças. Isso ocorreu porque o comodismo trazido pela erradicação das enfermidades deu às pessoas e aos governantes uma falsa sensação de que o risco havia acabado, e os cuidados para que os males não voltassem começaram a ser negligenciados: campanhas de vacinação passaram a ser ignoradas, condutas de combate aos vetores caíram no esquecimento, etc. Ademais, os agentes biológicos e transmissores, evoluíram, tornaram-se mais resistentes e versáteis e, consequentemente, mais difíceis de se combater. Outro fator que facilita a volta desses males é o processo de interiorização que ocorre no país, devido ao qual o ser humano tem passado a ocupar áreas anteriormente desabitadas, ficando exposto a diversos tipos de doenças silvestres com que não matinha contato. Ainda agrava a situação o grande fluxo de viajantes inter-regionais que cruzam o Brasil de forma muito mais rápida do que se fazia no passado, o que aumento o processo de disseminação das referidas moléstias. Sendo assim, fica evidente que é preciso haver a união da sociedade e do poder público com o objetivo de evitar o surgimento de novas epidemias dessas patologias. Para tanto, o governo, por intermédio do Ministério da Saúde, deve promover campanhas sanitaristas de prevenção, como a vacinação das pessoas, a limpeza das cidades, e o incentivo às práticas de combate aos vetores de algumas dessas doenças. Além disso, é necessário fomentar a atividade de pesquisa para que sejam desenvolvidas estratégias de enfrentamento cada vez mais eficazes. Por fim, cabe à sociedade aderir às iniciativas governamentais, buscando a imunização por meio das vacinas, e adotando condutas que dificultem a transmissão das moléstias. Essas práticas certamente contribuíram para afastar definitivamente esses fantasmas do passado que insistem em assustar o povo brasileiro.