No contexto social brasileiro, a violência urbana é oriunda de uma história que promoveu uma intensa desvalorização com uma parcela da população, evidenciado no governo de Prudente de Morais, durante a Republica Velha, na qual expulsou os habitantes de suas moradas para reformar a cidade e, consequentemente, tornou-os habitantes das chamadas favelas, isto é, um lugar de vasta pobreza onde não existe uma fiscalização por parte do governo nessa área e, assim, dando margem à violência, o que explicita a importância de uma atuação mais comprometida de instituições formadoras de opinião e de setores do Poder Público na tentativa de inviabilizar essa mazela social totalmente prejudicial ao País. De fato, as prerrogativas jurídicas corroboradas pela Constituição Federal, em 1998, que garante direitos como o bem-estar e principalmente a segurança, encontram-se completamente transgredidas no atual contexto brasileiro, visto que nesses lugares de extrema pobreza a fiscalização por parte do governo é de extrema irrelevância, prova disso são os vastos casos de violência divulgados pelo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, em que houve cerca de 553 mil vítimas dos mais variados tipos de violência, dentre elas o homicídio se destaca entre o mais comum, o que caracteriza uma extrema insuficiência governamental nesse aspecto. Acresça-se, ainda, que apesar da violência ser um ato extremamente prejudicial ao país, muitos núcleos familiares e ambientes escolares, seja por displicência ou desinformação das influências e consequências negativas dessa mazela social, são negligentes com a formação de uma mentalidade acerca desse problema, a fim de combatê-lo. Fato esse comprovado na grande quantidade de jovens que fogem de casa ou roubam para comprar drogas, o que aumenta os índices de violência no país. Nesse perspectiva, percebe-se o motivo pelo qual o Brasil ocupa a nona posição entre os países mais violentos do mundo, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde. Dessa maneira, a fim de contrariar o dados da IPEA e a incompetência de governos anteriores, compete ao Poder Público, do âmbito Municipal ao Federal, não só promover a criação de escolas em regiões mais pobres, como também leis que favoreçam a inclusão social dessa parcela populacional marginalizada ao longo da história, por meio de verbas governamentais e a utilização das redes sociais como transportes midiáticos. Ademais, cabe as escolas e famílias dialogarem acerca das consequências de entrar no mundo do crime, por meio de encontros diários, com o fito de fazer seus descendentes entenderem que o crime não compensa.