Ao analisar a violência urbana, vê-se que é algo presente no cotidiano desde o período colonial brasileiro, quando a Corte Real de Portugal desembarca nas terras Tupiniquins e prioriza a construção de instituições monárquicas, deixando de lado o investimento na segurança. Atualmente, esse continua sendo o reflexo do país, em que a insegurança urbana, que engloba os homicídios e assaltos, se dá pela má gestão governamental que assola os direitos constitucionais, pois todo cidadão tem direito a segurança, e é o dever do estado assegura-la. Em primeiro plano, vale acentuar que, a Constituição Federal garante a segurança básica de qualidade para população, todavia o executivo não põe em prática. Consoante Aristóteles no livro “Ética a Nicômaco”, a política serve para garantir a felicidade do cidadão, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil à medida que pessoas são assaltadas ou são vítimas do latrocínio (roubo seguido de morte), que consequentemente, faz com que outros indivíduos virem reféns da violência, pois têm medo de saírem das suas residência. Essa conjuntura se dá por conta da má conduta de todos os governos que passaram pela República. Em segundo plano, convém ressaltar que, a intensa corrupção inextinta no país acarreta na supressão da segurança básica. O ciclo de impunidade e desvio de dinheiro público fere a democracia em vários aspectos tendo como vítimas a saúde, educação e a segurança, esse ciclo é retratado na séria brasileira “O Mecanismo”, do autor José Padilha, que traz o maior esquema de lavagem de dinheiro envolvendo inúmeros políticos no país. Segundo a Polícia Federal (PF), em quatro anos, 40 bilhões de reais foram desviados de direitos básicos dos cidadãos, para a vaidade individual dos políticos como Machado de Assis se declara diante da corrupção. Desse modo, é indubitável uma solução para esse problema. É necessário, portanto, que o Poder Legislativo elabore leis mais rigorosas para a questão da corrupção política. Tendo como pena, além da prisão, a devolução do capital furtado, podendo ser em dinheiro ou em bens dos políticos como imóveis, a fim de que possa ser direcionados para os devidos órgãos do governo. Dessa forma, fazendo com que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, possa colocar em vigor medidas que garantam o bem estar da população, como o patrulhamento por viaturas nas ruas de todas as cidades brasileiras, assegurando o direito de ir e vir de cada indivíduo e fazendo valer o dito do filósofo Aristóteles.