Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A violência urbana no Brasil

Redação enviada em 30/04/2019

A violência urbana no Brasil é tão desproporcional em relação aos demais países que entre os anos de 2011 e 2015 morreram mais brasileiros do que na Guerra da Síria, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Isso posto, evidencia-se que os propiciadores da violência urbana, que são a desigualdade social e o defasamento do modelo carcerário brasileiro, devem ser imediatamente combatidos. De fato, a segregação social, a falta de investimento na educação e as poucas oportunidades de crescimento das camadas sociais mais baixas oportunizam que esses indivíduos se voltem contra a sociedade, haja vista que, para eles, essa os abandonou, ou seja, rompeu o "Contrato Social" descrito pelo filósofo Rousseau, uma vez que o Estado, segundo a Constituição, deve prover a igualdade de direitos e oportunidades à todos os membros, e não apenas para os mais ricos. Assim, muitas crianças, jovens e adultos enxergam na criminalidade uma forma de ascensão socioeconômica que não lhes foi oferecida pela sociedade. Tal comportamento remete à Revolução Francesa ocorrida no século XVIII, quando os camponeses passando fome, sede e acometidos por doenças se revoltaram contra a aristocracia absolutista, em uma das revoluções mais sanguinárias já ocorridas na França, culminando, inclusive, com a morte do rei Luis XVI. Outrossim, é inegável que o sistema penitenciário brasileiro é mais uma vertente do problema da violência urbana que acomete o Brasil. Conforme o pensamento do filósofo Michel Foucault, mesmo o pior assassino deve ter respeitada a sua "humanidade", ou seja, a prisão não deve ser apenas uma forma de punição do infrator, mas uma forma de "correção", para que o mesmo possa regressar à sociedade. No Brasil, a Código Penal não prevê prisões perpétuas, portanto, o bandido hoje preso um dia voltará à sociedade. Desse modo, cabe à população brasileira e ao Governo Federal melhorar o sistema carcerário brasileiro com o fito de que esse não seja um formador de criminosos, mas um corretor de infratores e oportunizador do retorno desses ao convívio urbano. Dessarte, é indubitável que a violência urbana e seus propulsores devem ser combatidos. Dessa forma, com o intuito de reduzir a violência no Brasil, o Ministério da Justiça deve construir mais presídios e aplicar uma metodologia prisional distinta da atual, qual seja, separar os prisioneiros por nível de periculosidade, isolando os mais perigosos e permitindo que os menos violentos tenham acesso a estudos e cursos profissionalizantes, os quais devem ser fornecidos pelo Ministério do Trabalho em parceria com o setor industrial que, em contrapartida, obterão benefícios fiscais, além de maior abundância de mão de obra devido à formação de profissionais qualificados, o que permitirá aos ex-detentos o regresso à sociedade e a ganhar a vida longe do crime. Destarte, com a implementação dessas medidas, o Brasil reduzirá drasticamente os absurdos números da violência dos dias hodiernos.