Para Durkheim, o crime ainda que lastimável é normal e necessário, uma vez que ele pertence a filosofia natural da sociedade sinalizando a presença de moléstias a serem tratadas. No caso do Brasil o crime sinaliza problemas socias graves como a desigualdade social que dificulta que considerável parte dos jovens tenham acesso à educação fator essencial para o desenvolvimento dos adolescentes como cidadãos e a desumanização do processo de reabilitação de criminosos que não consegue reintegrar o preso a sociedade. Nesse sentido, de acordo com a problemática exposta gradativamente o Brasil vem se tornando um país violento. Segundo Imannuel Kant, “a educação faz o homem”. Diante disso, ao analisar a conjuntura atual da sociedade brasileira, nota-se que se falta incentivo escolar entre as populações carentes que estimulem o desenvolvimento social dos jovens e os auxiliem na busca por melhores condições de vida. Nesse viés, o baixo valor dado a educação faz com que os adolescentes vejam na criminalidade uma fonte alternativa de ascensão econômica. Consequentemente, muitos se envolvem com facções criminosas de contrabando de drogas e armas, levando-os a promoverem assaltos e sequestros, e até mesmo serem mortos em confrontos com as forças polícias. Por isso, é fundamental que haja um apoio socio educacional nas comunidades mais vulneráveis. Em segunda análise, vale inferir a respeito do tratamento hostil dado aos presos nas penitenciarias brasileiras, sendo que além de não existir nenhum programa social por parte do governo voltados para recuperar socialmente esses indivíduos por meio do ensino profissionalizante e acompanhamento psicológico com profissionais da área, os detentos são obrigados a conviver com a superlotação dos presídios, com a insalubridade das celas e com o pouco acesso a água e alimentação. Desse modo, esses indivíduos seguindo o pensamento de Rousseau que dizia que o meio corrompe o homem adaptam sua personalidade ao ambiente hostil tornando ainda mais violentas ao regressaram a sociedade ameaçando o bem-estar da população. Logo, para sanar essa mazela, é preciso que o Ministério da Educação em parceria com os Governos Estaduais invista na construção de centros culturais de ensino técnico e profissionalizantes nas comunidades carentes do país tendo como objetivo possibilitar aos adolescentes a possibilidade de ascensão social e econômica. Ademais, o Ministério das Cidades deve destinar verbas para a reforma dos presídios, assim como em parceria com ongs deve implantar projetos voltados para a reintegração social do detendo.