Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A violência urbana no Brasil

Redação enviada em 06/04/2019

A sociedade brasileira, herdeira de um sistema escravista e autoritário, formou-se por meio da desigualdade social e econômica. Nesse contexto, quando se observa a violência urbana, no Brasil, hodiernamente, é possível afirmar que tal problemática possui relação direta com o passado excludente da nação, o qual marginalizou parte da população e intensificou a violência. Além disso, a ineficiência governamental em prevenir e reprimir a criminalidade colabora com a persistência do problema. Em primeira análise, cabe pontuar que a violência urbana no país possui raízes históricas, visto que, no período de industrialização, o fenômeno do êxodo rural, ocorrido na segunda metade do século XX, colaborou com o crescimento desenfreado dos grandes centros que, como consequência, provocou uma espécie de “inchaço urbano”, aumentando o número de habitações irregulares e de desemprego que, por sua vez, intensificou a violência nessas localidades. Sendo assim, nota-se que tal problemática está estritamente ligada a fatores socioeconômicos, uma vez que, em virtude da falta de oportunidades para melhorar sua qualidade de vida, o indivíduo encontra na criminalidade um meio de ascender socialmente, ou de simplesmente sustentar algum vício que o mantém distante de sua realidade. Dessa forma, percebe-se que medidas são necessárias para resolver esse impasse. Ademais, convém frisar que o descaso governamental é um fator crucial para a persistência do problema, haja vista que é dever estatal atuar na prevenção da violência e garantir a efetividade da segurança pública. Consoante o pensamento do filósofo contratualista John Locke, de que o Estado deve agir como órgão controlador que mantenha a harmonia dentro de uma nação, vê-se que a inércia daqueles que administram o setor público brasileiro acerca da violência urbana dificulta a aquisição de tal harmonia. Desse modo, é notória a indispensabilidade de se criar políticas públicas voltadas principalmente para a educação, a fim de promover a prevenção e mudar essa realidade. Destarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para mitigar a questão da violência urbana no Brasil. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Educação, em conjunto com ONGs, crie projetos em escolas próximas às comunidades carentes, com o intuito de melhorar a qualidade de vida daqueles que se encontram marginalizados socialmente, com o objetivo oferecer esporte, lazer, cursos profissionalizantes e alimentação, por intermédio de parcerias com o setor privado de educação, com o propósito de que o tecido social, enfim, se liberte da herança de um passado excludente que prejudica a consolidação de uma sociedade harmônica.