De acordo com o monitor da violência do Portal G1 no ano de 2018 os homicídios no Brasil regrediram em mais de 10% se comparado ao ano de 2017. Entretanto, como resultante de vários fatores, - corrupção, medidas públicas falhas, precarização da educação e do sistema prisional - , a quantidade de crimes violentos em território urbano brasileiro ainda é inaceitavelmente altíssima, quase trinta vezes superior ao índice em território Europeu. Nesse contexto, parece razoável aceitar que a violência urbana no Brasil é uma situação gravíssima que precisa ser tratada de maneira mais organizada não só na prevenção do problema, como também na remediação. É importante, a princípio, resolver os problema que o país enfrenta em relação à prevenção da problemática, como a educação pública deteriorada. Segundo Immanuel Kant, filósofo prussiano, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". A famosa frase parece deixar clara a causa desse problema, visto que ela pondera o quão importante é a educação na formação social de um indivíduo. De maneira discrepante, pode-se considerar a situação brasileira em que 52% dos adultos não possuem ensino médio completo, de acordo com pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com isso, percebe-se a conjuntura precária brasileira, que não consegue oferecer a qualificação necessárias para integração das pessoas no mercado de trabalho, não restando muitas saídas se não a criminalização. Outrossim, é inegável que o sistema prisional não sejam vistos como um grande fator na problemática da violência. Concomitantemente com o exposto, o Instituto de Pesquisa e Economia Avança (IPEA) divulgou em 2015 um estudo que indicava que, aproximadamente, 30% dos presos reincidiam ao mundo do crime. Apesar de parecer um número não muito alto, é considerável quando percebe-se que 30% dos presos brasileiros representam 220 mil pessoas. Nessa perspectiva, vê-se o quão alarmante são esses dados, pois mostram uma baixa eficiência no que deveria ser o principal instrumento na remediação do problema, visto que é na prisão que deve ocorrer a ressocialização dos presos, resultando em menos violência. Torna-se evidente, portanto, que a violência urbana no Brasil é uma problemática extremamente preocupante que vem causando a morte de milhares de pessoas todos os anos. Para que isso mude, é necessário que o Poder Legislativo promova a dissolução da famosa PEC Teto que congelou os investimentos na educação e na saúde por 20 anos, a partir de uma nova sessão pública na assembléia legislativa para que, assim, o Governo Federal possa voltar os investimentos na rede pública, permitindo a acomodação efetiva dos jovens brasileiros além de evitar que eles ingressem no mundo criminoso, inclusive no tráfico de drogas, pois, como dizia o economista Arthur Lewis, educação não é gasto, mas investimento com retorno garantido.