Título da redação:

As raizes do preconceito

Tema de redação: A violência urbana no Brasil

Redação enviada em 04/05/2019

Desde a era do Brasil colonial, no auge do desenvolvimento urbano, a violência contra a classe menos favorecida, já estava incutido por entre as ruas das primeiras vilas. Associando aos tempos modernos, o governo continuou com os seus avanços urbanos, favorecendo parte afortunada da sociedade e fadando ao esquecimento os marginalizados. Nesse contexto, é indubitável que, este sistema permitiu o surgimento de uma ideologia de superioridade, por consequência de uma infraestrutura governamental não articulada. Por meio da extração do ouro, o país adquiriu recursos suficientes para o seu desenvolvimento em âmbito econômico e social, gerando os primeiros protótipos de vilas, a base do trabalho escravo pesado e de destaque pouco aparente, alimentado pela ganância aristocrata e pela falta de interesse governamental, em assegurar os direitos dos negros, imigrantes, índios, pobres e doentes, em geral, os marginalizados menos afortunados. Ademais, vale ressaltar que, todo esse desenvolvimento econômico gerou uma sociedade de boas condições sociais, pregadora de uma ideologia de superioridade e disseminadora de uma educação que fere, desrespeita e despreza famílias que não fazem parte do seu cunho social. Essa segregação social se deu pelo desenvolvimento desigual de diferentes classes sociais em ambiente urbano, onde boa parte traz um histórico de desemprego, doença, estudo precário e preconceito racial. Atributos não muito diferentes do Brasil colonial. Como dizia Einstein, “é mais fácil desintegrar um átomo, do que um preconceito enraizado.” E de fato, toda essa desigualdade desenvolveu-se por brechas deixadas pela falta de inserção sociocultural, do Estado, pelo desestruturamento familiar e principalmente, pela falta de oportunidade de estudo e trabalho. Gerando assim, uma herança cultural e ideológica na atual sociedade. Portanto, a violência gerada nos centros urbanos possui uma relação mais intrínseca com o fator sociocultural, do que com as pesquisas. Entende-se por isso que, é inevitável a participação efetiva do Estado, através de programas sociais de inserção, oportunidades de emprego e moradias provisórias, para que famílias possam se reestruturar, Além de bolsas de estudo, por parte de instituições de ensino e esclarecimento do tema acerca da violência, por meio de palestras educativas. Tudo isso em conjunto da mídia, que por meio de propagandas, poderia divulgar os casos abusivos de agressões. Medidas estas, que ajudariam a erradicar aos poucos, casos sórdidos de violência.