Desde o começo do século XXI o Brasil vem se tornando notório na conjuntura mundial, tanto em aspectos econômicos, quanto na exposição do patrimônio cultural. Todavia, ainda que esteja progredindo a violência urbana permanece atemorizando a esfera nacional. Nessa perspectiva, é válido analisar os agentes precursores desse impasse em âmbito social, pela desigualdade e pobreza, e governamental, pela precariedade do sistema de segurança. É indubitável que os índices socioeconômicos junto à educação configuram, em sua maioria, a qualidade de vida do indivíduo. Segundo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de externalidade, coercitividade e generalidade. De maneira análoga à teoria do sociólogo é possível observar que a criminalidade brasileira é um dos agentes colaboradores da violência, uma vez que, os jovens de comunidades desfavorecidas e cercadas pelo tráfico de drogas aderem-se as facções, idealizando-as como forma de ascensão social, acarretando assim, inúmeros outros problemas como envolvimento em homicídios, furtos e assaltos. Dessa forma, é necessário investir na formação cultural, acadêmica e econômica da população, para que a inserção em atividades ilícitas não seja um fator perpetuador dos atuais índices de violência. Outrossim, as insuficiências policiais e jurídicas contribuem para insegurança do país. O Brasil apresenta 26 homicídios para cada 100 mil habitantes, sendo 13.100,0% acima do que ocorre na Inglaterra, logo, questiona-se a eficácia do policiamento e sua atuação, o qual, tem sua falha evidenciada por um lado, pela má remuneração dos profissionais, e por outro, devido as corrupções e truculências existentes nas entidades. Somado à isto, mesmo que hajam denuncias e condenações a sensação de impunidade permanece, pois, a justiça nacional caracteriza-se pela grande lentidão, fazendo com que 70% dos processos permaneçam não solucionados ao fim do ano. Assim, realça-se a importância da aplicação de medidas como forma de combate à problemática. Entende-se, portanto, que a violência urbana junto à ineficácia da segurança pública são frutos da falta de investimento na camada desfavorecida economicamente e da fraca atuação policial nacional. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve elaborar um plano de investimento nas comunidades, aliado ao Ministério da Educação, promovendo palestras contra criminalidade, implementando escolas de qualidade e reforçando programas de Bem Estar social. Além disso, as esferas municipais e estaduais do poder precisam agilizar os processos jurídicos e remunerar melhor os policiais, investindo no seu treinamento a partir do ensino de táticas para agir de maneira propícia ao combate à violência. Só assim o Brasil irá crescer como um todo, revertendo, então, o paradigma de nação perigosa.