Ônibus em chamas. Assaltos à mão armada. Roubo de caixas eletrônicos. Esfaqueamentos. Homicídios. É cada vez mais comum que notícias como essas apareçam no noticiário. A força policial brasileira, quando não coopera com o crime, não é suficiente para combatê-lo, fazendo crescer a taxa de violência urbana. A partir da década de 1940, o Brasil viveu a chamada Revolução Verde, o espaço rural recebeu máquinas para atuar no cultivo agrícola, tornando obsoleta a mão de obra humana que lá se estabelecia. Consequência disso foi o aumento do êxodo rural. As cidades, por outro lado, não receberam do governo a infraestrutura necessária para acolher a população que chegava. Logo, a pobreza se tornou comum, bem como o número de pessoas sem acesso aos serviços básicos, como rede de esgoto e água tratada. Um convite para a vida criminosa. Não obstante, e por causa do grande número de crimes cometidos, as prisões ficam cada vez mais lotada, muitas vezes recebendo mais detentos do que sua estrutura permite. O caos causado pela superlotação e os maus tratos aos quais os presidiários estão expostos acabam perpetuando uma taxa de reincidência de até 70%, segundo dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça. Cabe apontar também a corrupção dentro da própria polícia, que impede ou atrapalha o combate ao crime. Para conseguir dinheiro ou até mesmo drogas, os policiais se aliam aos malfeitores, fazendo vista grossa perante suas ações e influenciando na formação de milícias, como é mostrado no filme Tropa de Elite 2. Fica evidente, portanto, que muitos são os fatores que contribuem para a crescente insegurança da população frente o crescente aumento da violência urbana, bem como a falência do sistema de segurança pública no Brasil. Assim, para evitar corrupção dentro da polícia, o governo deve promover fiscalizações, com a instalação de câmeras em viaturas e postos policiais. O Estado ainda pode disponibilizar mais verbas para os presídios, para que sejam feitas reformas em suas estruturas, de como a melhor acomodar a população carcerária. Por fim, escolas e famílias devem atuar juntas na educação de crianças, fazendo que elas se tornem cidadão de bens, permitindo que finalmente a profecia de Pitágoras – educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos – se cumpra.