É indiscutível o extenso alcance que o medo derivado da violência urbana tem chegado. A revolução industrial levou ao êxodo rural e trouxe consigo uma nova forma de acumular capital, mas que infelizmente gerou na sociedade contemporânea a disputa por bens materiais. Em decorrência disso se tem lutas diárias pela vida, já que no Brasil mediante a falência do sistema público de segurança e a intensa violência, ladrões na rua e cidadãos presos em casa já virou lema. Atualmente, o sistema falha com falta de profissionalização juntamente com o êxodo rural que leva constantemente ao desemprego. Em vista disso, o individuo não consegue competir adequadamente no mercado de trabalho, assim este que viu seus direitos de acesso à educação de qualidade, infraestrutura para moradia negados se insere na marginalização, principalmente no tráfico de drogas que alicia jovens e é visto por eles como uma via fácil para conseguir dinheiro. Ademais, a segurança pública que deveria trazer o fim do medo defendendo a sociedade, não se encontra preparado para realizar essa tarefa. Neste contexto, a impunidade rege a proteção pública, mediante a falta de treinamento para os policiais com eficácia e a lentidão no julgamento de processos. Inclusive, mesmo quando punidos, a grande parcela sai das cadeias como mestres do crime devido a precariedade do sistema penitenciário, assim a reincidência sendo frequente. Portanto, se torna necessário que o ministro da educação destine verbas maiores para cursos profissionalizantes e estimule os individuos a realiza-los, além disso, que ajude corrigindo solos ou financiando formas de tornar as terras produtivas, estimulando a produtividades nas áreas rurais. E também que se realize pelo poder público uma nova ação sobre os presos, com tratamento psicológico adequado e educação para poder inseri-los novamente na sociedade. Como Marx afirmava “ as revoluções são a locomotiva da história”, e cabe a sociedade guiar e destinar o melhor rumo para diminuir o alcance da violência.