No século V, teve-se início as invasões germânicas no Império Romano do Ocidente, as quais instauraram o terror nas cidades, com violências e massacres, o que levou o povo ao êxodo urbano, De maneira análoga, a violência citadina e a falência da segurança pública no Brasil assolam a sociedade e são estimuladas por fatores históricos e sócio-econômicos. O desenvolvimento proposto pelo governo Vargas, iniciou um crescimento rápido e desordenado das cidades que trouxe consigo muitos problemas. Para modernizar o município , populações pobres foram deslocadas para as periferias e marginalizadas. Esquecidas pelo Estado, muitas pessoas se viram à mercê da sorte para sobreviver. Esse descaso governamental, por sua vez, contribuiu substancialmente para o aumento da violência nas cidades, pois os indivíduos buscam, por meio da agressividade, ter aquilo que deveria ser garantido pela administração pública, como emprego e moradia. Além disso, a crise econômica pela qual o país passa, agrava a situação de hostilidade municipal, com o desemprego estrutural, muitos cidadãos veem no crime a única forma de levar sustento para casa. Mesmo com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado alto, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil tem uma enorme desigualdade social, legado colonial, que é intensificado pela atual conjuntura econômica brasileira e contribui consideravelmente para a maximização de crimes e assaltos. Ademais, o despreparo policial e a burocracia estatal corroboram para a falência da segurança geral: muitos oficiais não têm treinamento para situações de risco e perigo social, além de contarem com uma reduzida frota nas vias públicas. Somado a isso, a dificuldade processual da análise dos casos agravam a impunidade das terras tupiniquins e reforçam a ação dos infratores que ficam com menos receio de irem para a cadeia. Esta, por sua vez, que deveria ser um local de reabilitação e preparo na integração do indivíduo na sociedade, acaba sendo, infelizmente, uma "faculdade do crime", "formando' criminosos ainda mais perigosos pela superlotação das celas. Torna-se evidente, portanto, a extrema necessidade de uma reforma na segurança pública, É preciso que o Ministério da Educação viabilize mais instituições educacionais, a fim de que a educação permita uma maior integração social e uma garantia de lugar no mercado de trabalho. É primordial que o Governo Federal construa mais presídios para diminuir a superlotação das celas e fazer das cadeias um lugar de reabilitação e reintegração por meio de projetos sociais. É imprescindível que a Secretaria Municipal da Segurança Pública forme policiais mais bem preparados para a realidade brasileira e que a mídia, juntamente com ONGs, cobre do Poder Público, por intermédio de propagandas e recursos virtuais, uma sociedade mais igualitária com a redução da desigualdade social e consequente minimização da violência urbana.